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1 livro para narrar a tensao entre o Grupo Clarin e os Kirchner – aqui
Deu no Argentinaetc
Pela primeira vez, 1 livro conta a história da chamada guerra de mídia entre a administraçao Kirchner e o Grupo Clarín. Guerras Mediáticas, do jornalista e professor Fernando Ruiz, conta a história de ódio, tensao, mentiras e operaçoes de imprensa que marcaram a relaçao entre o maior grupo de comunicaçao da Argentina e o governo de Nestor e Cristina Kirchner.
Ontem,1/4, essa batalha completou 6 anos. Foi justamente no dia 1 de abril de 2008 que Cristina Kirchner criticava publicamente pela primeira vez o CEO do Clarín, Héctor Magnetto, a quem chamou de general midiático em um discurso em plena Praça de Maio.
Um dos principais conceitos do livro de Fernando Ruiz é a definiçao do jornalismo do ódio. Veja o que ele diz.
“Os jornalistas deixam de reconhecer o outro como um par, e começam a vê-lo como um algoz. E por isso nao aplicam os padroes profissionais como deveria ser. (…) Um jornalista envolvido na batalha diria que a cidadania midiática (o tratamento profissional por parte da mídia às pessoas) nao é aplicável a todos. (…) Quando as regras da profissao sao suspensas, a conversao de um jornalista em soldado é mais transparente. Toda guerra midiática é uma guerra civil interna da profissao jornalística. É uma guerra contra o conceito de jornalismo da qual participam muitos jornalistas, poderíamos dizer, a maioria” – “Assim nasce o jornalismo do ódio. E se o ódio é o tinteiro onde a pena da mídia massiva é carregada, é difícil para a democracia suportá-lo”.
Em tempo: O fato de que exista este livro e de que o tema mídia vs governos esteja sempre em discussao por aqui tem muito a ver com a coragem de 1 governo que decidiu comprar a briga e exigir da sociedade a elaboraçao de uma lei que regulasse e democratizasse o espectro audiovisual do país, sem nunca pretender interferir nos conteúdos editoriais deste ou daquele veículo. Nenhum dos governos democráticos da Argentina pré-Kirchner foram capazes de iniciar esta batalha, tao bem sucedida neste caso.
Bem-vinda seja esta discussao e a definiçao do papel que cabe a cada um em um Estado Democrático de Direito.
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