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A internet cada vez + c/ cara de TV e a TV cada vez + c/ cara de internet
As notícias sobre os canais de assinatura do Google praticamente coincidiram com o anúncio do lançamento, na Inglaterra, de um serviço da BSky que vai permitir transmitir comerciais diferentes de acordo com o local de residência e hábitos de audiência e consumo dos domicílios. Juntamente com os avanços da Netflix e da Amazon no setor de produçao de conteúdo exclusivo, estes movimentos sao os sinais do processo de “destruiçao criativa” que está acabando com a noçao de “grade de programaçao”, fundamental para a indústria da comunicaçao ao longo do século 20.
A busca por eficiência e a evoluçao tecnológica vao transformar o negócio de produçao e distribuiçao do conteúdo televisivo ao permitir que cada vez mais “varejistas” (Apple, Amazon, Google e podem apostar que em breve até o Facebook) levem suas “marcas próprias” para os consumidores digitais, que pela própria natureza tendem a ser mais jovens e com maior renda disponível que a média da populaçao. Exatamente o público mais visado pelos anunciantes. Como diz Anthony Ireson, diretor de marketing da Ford na Inglaterra, na programaçao televisiva linear, “metade da seu marketing é desperdiçado”, mas os anunciantes começam a antever novas maneiras de diminuir este desperdício.
Hoje muita gente acha assistir video no YouTube ou similares “um saco”. Talvez seja bom lembrar de Ken Olsen, CEO da DEC (uma das maiores empresas de computadores do mundo nos anos 70) – que diante das dificuldades de programaçao e uso dos entao toscos computadores pessoais perguntava “quem vai querer um computador em casa?”.
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