A midia teve q reconhecer a estratégia para tirar o Brasil da periferia do mundo

Por  Luciano Martins Costa no Observatorio da Imprensa

Verifica “como a imprensa tradicional vem se tornando previsível e incapaz de se descolar do lugar-comum” – “Por outro lado, pode-se também perceber como o discurso jornalístico se constrói em torno de convençoes muito restritas” – “Finalmente, o olhar sobre o conjunto de notícias e opinioes com que a mídia procura definir a agenda pública coloca em dúvida a validade de seu maior trunfo, a suposta objetividade”.

Comenta – “A notícia sobre a eleiçao do brasileiro Roberto Azevêdo para o cargo de diretor-geral da Organizaçao Mundial do Comércio desata o orgulho nacional, mas a euforia é contida nos trechos em que os jornais precisam explicar como se deu o processo de colocar um patrício no alto cargo da diplomacia mundial’.

“Para explicar como o governo brasileiro conseguiu reunir votos suficientes para vencer o candidato dos países ricos, é preciso reconhecer que o Brasil construiu, na última década, uma liderança sólida entre os países emergentes”.

“Acontece que essa constataçao contraria tudo que a imprensa disse em todos esses anos sobre a estratégia nacional de relaçoes exteriores” – “A opçao por uma diplomacia voltada para a diversidade, rompendo o alinhamento automático com os EUA, foi inaugurada em 2003, e a imprensa brasileira adotou imediatamente uma posiçao antagônica a essa escolha, que era chamada de ‘terceiro-mundista’…”.

“Apesar do grande sonho brasileiro de 1 assento permanente no Conselho de Segurança da ONU ainda nao ter sido alcançado, conforme faz questao de registrar a Folha de S Paulo, a escolha de Azevêdo para dirigir a OMC demonstra que a estratégia para tirar o Brasil da periferia do mundo está dando certo”.

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