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Imprensa br trabalha ativamente na desconstruçao do conceito de soc democrática
Luciano Martins Costa no Observatorio
A impossibilidade eventual de sair batendo perna pela cidade (já que este observador se encontra temporariamente com pouca mobilidade física) abre a oportunidade para a bisbilhotagem continuada, por longas horas, das redes sociais digitais. E o que se vê, basicamente, é a construçao de um abismo onde deveriam vicejar naturalmente novos vínculos sociais e onde antigos vínculos podem ser retomados e reanimados pelo encontro virtual.
Aparentemente, após 3 dias de imersao nas redes sociais, pode-se concluir que a imprensa brasileira está trabalhando ativamente na desconstruçao do conceito de sociedade democrática. Ao se colocar agressivamente contra determinadas figuras da República, usando critérios diferenciados para fatos similares, as principais empresas de comunicaçao do país estabelecem 1 padrao para o jornalismo sobre o qual um dia haverao de ser cobradas. Esse padrao é composto por elementos de preconceito e manipulaçao, mas apresentado sob o manto virtuoso da defesa da moralidade pública.
A palavra mágica é, como sempre, ética. O contexto, porém, é o dos tribunais de inquisiçao.
Dois presidentes da República. Um deles foi acusado de comprar apoio no Congresso para fazer aprovar o direito de disputar a reeleiçao. O outro, tendo a possibilidade de se reeleger quanto quisesse, cumpriu a lei e deixou o poder.
Para um, o olhar da imprensa é complacente. Afinal, ele estabilizou a moeda, reorganizou o sistema financeiro, atuou dentro dos paradigmas do mercado. Para o outro, a lei. Mas nao apenas a lei aplicada pela Justiça: principalmente a lei do arbítrio, quando a sentença é anterior ao julgamento.
Considerem-se apropriadas todas as decisoes tomadas recentemente pelo Supremo Tribunal Federal no caso chamado de mensalao. Ainda assim, nada justifica a sanha da imprensa, em ataques pessoais, a nao ser um ódio que precede o caso em si (…..)
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