A proposito das bombas em Boston | a importância da cidade

É lá que fica o Berklee College of Music, escola de música que abastece de talentos os estúdios do mundo. É lá, na vizinha, pacata e conurbada Cambridge, que ficam a tricentenária universidade Harvard, a número 1 do planeta, e o MIT, a meca da ciência e da tecnologia. É lá que fica o Museum of Fine Arts, criado para celebrar o 1o. centenário da independência americana, em 1876, e que tem mais de 400 mil peças, de antiguidades do Egito a Monet e Van Gogh, de arte pré-colombiana a Jasper Johns, nada a dever ao Metropolitan de Nova York, aliás, primo-irmao no estilo.

Foi naquele pedaço aguado da América do Norte que começou a nascer a república democrática, algo com que a gente se familiarizou tanto que custa a ententer que teve inventores, parece ate que sempre existiu. Até entao, nao havia nenhum Estado importante no mundo que nao tivesse um monarca, mesmo reinando com limites e sob alguns padroes de democracia representativa. Como governar sem rei? No Ocidente, foi lá que isso começou: o grande laboratório da democracia começou a agitar suas pipetas em Boston, Massachusetts.

Esse duplo nome, cidade e estado, diverte geraçoes de crianças brasileiras, que nao demoram 1 minuto para fazer piada com a inocente escatologia que o nome da cidade inspira e o potencial trava-línguas que o nome do estado oferece. Boston, Massachussetts lembra também os Kennedy, a saga nunca inteiramente escrita. Lembra a Arnold, uma agência autenticamente bostoniana (viu? A gente sempre para nesse adjetivo), que anda por aí mostrando o que sabe e chamando Nova Iorque de filial.

É em Boston que se realiza uma das mais cobiçadas maratonas do mundo, sempre perto do dia do aniversário da cidade (19 de abril), celebrado no terceiro domingo do mês. Hoje, o temor começa a nublar as festas do ano que vem. Na segunda década do século 21, bombas continuam a ser um comunicador mortal :(

publicidade

publicidade