A tecnologia está nos tornando ainda + solitários – reflexao no NYT

O texto nao é recente, mas a reflexao ainda é – o escritor Jonathan Safran Foer reflete sobre o quanto a evoluçao da tecnologia está, ao invés de nos tornar mais próximos e conectados, nos fazendo ser cada vez mais solitários e até mesmo preguiçosos com a comunicaçao com o próximo – “A maior parte das tecnologias de comunicaçao começaram como substitutos menores para uma atividade que era impossível. Nao podíamos nos encontrar ao vivo, entao o telefone tornou possível manter o contato a distância. Nem sempre estamos em casa, entao a secretária eletrônica mantinha uma interaçao amigável com quem ligava, mesmo que nao estivéssemos próximos do telefone.”

Continua – “A comunicaçao online surgiu como alternativa para a ligaçao telefônica, que passou a ser considerada, por sejam lá quais razoes, muito incômoda ou inconveniente. E entao chegou a mensagem de texto, que tornou mais fácil e rápida, e mais móvel, a troca de mensagens. Essas invençoes foram criadas nao pra melhorar nossa comunicaçao ao vivo, mas uma forma menor, porém aceitável, de substituir a conversa cara a cara”, analisa Foer.

E prossegue – “Mas entao uma coisa engraçada aconteceu – passamos a preferir os substitutos menores. É mais fácil ligar do que aparecer para ver alguém. Deixar uma mensagem na caixa postal é mais fácil do que ter uma conversa ao telefone – você pode dizer o que precisa sem ter uma resposta, fica mais fácil dar uma notícia ruim, mais fácil de procurar saber da pessoa sem precisar se enrolar com o assunto. Entao passamos a ligar quando sabíamos que ninguém iria atender. Mandar um email é mais fácil, ainda, porque você pode se esconder na ausência de inflexao vocal (…) e mandar mensagens é ainda mais fácil (…). A cada passo ‘pra frente’, tem disso mais fácil, só um pouquinho, de evitar o esforço emocional de estar presente”, percebe.

Estamos mesmo nos tornando cada vez mais distantes por conta da tecnologia? Ela está mesmo, pouco a pouco, moldando nosso comportamento? Confira a íntegra no NYT. Via Alexandre Matias.

publicidade

publicidade