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Abuso ou direito à informaçao? Para Conar, regular publicidade infantil é ‘censura’
Este ano, durante o Fórum Liberdade de Imprensa & Democracia – evento organizado pela Imprensa Editorial, responsável pelo Portal Imprensa –, um dos temas abordados foi a publicidade. E o que se viu, segundo a Carta Capital, foi o tratamento das propagandas comerciais como manifestaçoes de liberdade de expressao, protegidas portanto de qualquer tipo de restriçao ou regulamentaçao. “Num painel intitulado ‘Limites na criaçao publicitária: liberdade de consumo X controle e regulamentaçao’, 3 profissionais da propaganda se revezaram para defender ‘o direito da populaçao ser informada pela publicidade’, e para atacar principalmente iniciativas de proteçao das crianças em relaçao à publicidade infantil”, informa a publicaçao. Mônica Spada e Souza, diretora executiva da Maurício de Souza Produçoes, por exemplo, defende que restringir a publicidade infantil é “subjulgar a inteligência das crianças”, que, segundo ela, têm todas as condiçoes para separar realidade e fantasia e também têm “direito ao acesso à informaçao”.
Edney Narchi, vice-presidente executivo do Conar, também diz que o Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) “quer restringir o direito de acesso à informaçao pela publicidade” e que “espécies de pessoas e de ONGs sao contra porque sao contra a propaganda mercadológica”, assim como a “Anvisa é contra porque é contra a publicidade de medicamentos e de determinados alimentos”. Para a Carta Capital, isso significa que, “para o Conar, nao há qualquer motivo para que a sociedade se preocupe com o bombardeio publicitário sofrido pelas crianças ou para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária se preocupe com os índices crescentes de automedicaçao da populaçao brasileira.” Leia a matéria na íntegra aqui.
Francisco
Os limites da auto regulação ficaram cristalinos nessas abordagens. “Hey! Vocês não estão nos deixando ganhar dinheiro!”