Anunciantes: crescimento dos adblockers é sinal que marcas precisam ouvir o consumidor “em alto e bom som”

A Federaçao Mundial de Anunciantes (WFA) divulgou ontem, dia 1º de junho, um alerta para toda a indústria publicitária, incluíndo veículos e agências que acham que a questao dos ad-blockers pode ser resolvida através de uma “corrida tecnológica” (bloqueando os ad-blockers). Segundo Luis Di Como, VP de Mídia Global da Unilever, “é preciso focar em conteúdo que seja autêntico, relevante para os consumidores e que gere conversas – criatividade que aprofunda a experiência on-line, ao invés de interrompe-la“.

O alerta de WFA é uma resposta ao relatório da Page Fair que indicou que mais de 400 milhoes de usuários já bloqueiam propaganda em seus celulares – um crescimento de 90% em relaçao ao ano passado. No Brasil sao 2,9 milhoes de pessoas, mais que nos EUA (2,3 milhoes). Nem mesmo o Facebook e o Instagram sao imunes, segundo o estudo.

De acordo com a WFA as pessoas nao estao mais dispostas a aceitar os formatos habituais de publicidade online, particularmente no mobile, que apresenta mais que o dobro de usuários desta tecnologia do que no desktop. Como mencionamos anteriormente, aqui mesmo no Blue Bus, a batalha pela atençao (o recurso mais escasso na publicidade) vai exigir maior profundidade que o simples entendimento da exposiçao, alcance e frequência das mensagens. Os motivos para a instalaçao dos ad-blockers variam em termos demográficos e geográficos (como observa a própria WFA, que vai lançar uma iniciativa para mapear e entender estes comportamentos), mas somente as marcas que souberem colocar a atençao do consumidor no centro da sua estratégia conseguirao gerar mensagens relevantes neste mundo cada vez mais digital.

publicidade

publicidade