Aprendizado de 2013 – eu nao acredito nas empresas, acredito nas pessoas

Final de ano é bom pra gente refletir sobre nossas crenças. Pessoalmente, adoro quem ainda acredita em Papai Noel, apesar de toda a abordagem 100% comercial construída em torno da figura do Bom Velhinho. Quem tem filhos e já fez uma “vaquinha” pra contratar um ou designou alguém da família pra vestir a roupa vermelha e a barba branca sabe que, mesmo com alguma dose de pânico, as crianças ficam fascinadas pela figura e pela mágica que é receber um presente sonhado, registrado numa carta ou mesmo de surpresa. Acho bacana manter esta crença em alguém ou algo que está além do nosso dia-a-dia, que nos faz imaginar e sonhar.

Quando acreditamos em alguém, de alguma forma, temos uma expectativa e conferimos a este alguém uma responsabilidade. Num tempo de crise de confiança que, segundo a pesquisa do Índice de Confiança da Justiça Brasileira – FGV de 2013, mostra que a confiança da populaçao no Governo é de 33%, no Congresso é de 17%, nos Partidos Políticos é de 5% e nas empresas é de 36%, a responsabilidade das Marcas só aumenta. Outro estudo, este da Havas Worldwide, mostra que transparência e atuaçao social sao cada vez mais esperados das corporaçoes. No Brasil, 80% dos chamados “prosumers”, formadores de opiniao bem informados e engajados, estao dispostos a pagar mais por produtos e serviços de empresas com boa reputaçao.

Se como consumidora e cidadã espero que as empresas sejam promotoras de bem-estar social, progresso e cuidado com o meio-ambiente, como consultora de marcas devo anotar que, por trás de empresas, mesmo as que investem em suas culturas corporativas, existem pessoas. E que sao as pessoas, cada uma delas que, ao entender a responsabilidade das suas escolhas independente do tamanho do cargo que ocupam, é que podem transformar sua atuaçao e agir com um propósito. As relaçoes hoje sao, cada vez mais, P2P. E é quando optamos por construir relaçoes melhores com fornecedores, funcionários, clientes e parceiros que podemos fazer nossas empresas assumirem seus papéis no mundo, com propriedade e potência.

Noticias do fim de ano

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