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Assim como o Twitter com o Vine, o Facebook tambem quer a verba que vai para a TV
Depois do anúncio dos canais por assinatura do YouTube, é a vez do Facebook integrar vídeos na experiência dos usuários – Blue Bus tambem deu. O objetivo do Fb (assim como do Twitter, com a compra do Vine) é se apropriar de parte da verba destinada a TV, tendência que deve ser seguida por outros players do mercado. No Brasil, segundo a Comscore, o consumo por internauta atingiu 150 vídeos mensais em 2012, crescimento de 18% sobre o ano anterior (contra 3% da média mundial).
De acordo com o Financial Times, o preço do CPM de vídeos no Facebook será cerca de 60% do cobrado pela televisao, tendo como referência o mercado americano. Os primeiros estudos sobre anúncios integrados aos vídeos na Web indicam que a duraçao ótima dos mesmos deve ser ao redor de 15 segundos. Mas a simples transposiçao do comercial para a Web nao explora as inúmeras possibilidades de interaçao e principalmente de disseminaçao por parte dos próprios usuários, um valor que somente o meio online pode trazer para os anunciantes.
A conta é simples – as maiores páginas de marcas no Facebook contam com mais de 30 milhoes de fãs, enquanto a audiência dos principais programas regulares da TV aberta nos EUA está na casa de 15 milhoes de pessoas (dados Nielsen). Uma “audiência” alavanca a outra.
Provavelmente, a geraçao de valor para vídeos na Web vai ser semelhante a verificada na TV – a maior parte da programaçao será sustentada por publicidade, com um segmento menor baseado em assinatura. A primeira pesquisa sobre o tema, feita em meados do ano passado pela Frank Magid indica que a maior parte dos usuários de vídeo na Internet prefere que os custos dos conteúdos sejam cobertos por comerciais antes ou depois dos programas (variando entre 59% dos usuários de Tablet e 54% entre os usuários de TV Conectadas), contra cerca de 25% que preferem um modelo similar ao da TV por assinatura e 20% que aceitam pagar um fee por programa sem comerciais.
O desafio para os veículos será lidar com uma audiência que nao estará mais presa em uma grade, ao mesmo tempo que auxiliam as marcas a produzir um conteúdo que “dialogue” com múltiplas telas, como este comercial da Honda, veiculado no ano passado na Inglaterra.
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