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Biografias | Com censura previa e sem historia, talvez ficasse p/ sempre c/ a informaçao errada
Samuel Wainer voltou a Ultima Hora SP em 74
A memoria do Chico Buarque, afinal, nao estava tao mal assim. Ele pode ter esquecido das referencias feitas a Roberto Carlos na remota entrevista dada ao biografo Paulo Cesar de Araujo a ponto de desconfiar que ela nao havia existido. Mas lembrou com precisao da sua relaçao com a Ultima Hora que, em 70 – controlada da Folha desde 65, apos o golpe – lhe atribuiu afirmaçoes sobre Caetano e Gil que nao teria feito. E da entrevista que teria dado ao mesmo jornal, em 74, “qd estava novamente nas maos de Samuel Wainer” – e concordou em falar por causa disso. Wainer nao era mais o dono – entao empregado contratado pela Folha da Manha para a funçao de diretor. Essa aula eu tinha pulado. Nunca registrei o fato de que Wainer tivesse voltado a UH SP em 74, como esclareceu esta noite, no Twitter, ao @pdralex, a @pinkywainer. Minha Ultima Hora era a carioca, onde trabalhei entre 75 e 76. Fiquei encantado em reaprender esse momento do jornalismo br via Twitter. E notar como as biografias sao formatos interessantes que incluem pedaços de historia e que historias contadas sao passiveis de erros e… correçoes. Com censura previa, sem historia, eu saberia menos e talvez ficasse pra sempre com a informaçao errada.
Obrigado ao @pdralex e a @pinkywainer
Horlando haleRgia
O que dói mais (ou é mais relevante) irá nos fazer lembrar mais, melhor e com maior frequência. Pena que isso ocorre com todos, mas nem todos admitem.
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Quem viu o vídeo, ou melhor o trecho do vídeo que foi divulgado – em que Chico Buarque é “entrevistado” pelo biógrafo – perceberá que a referência ao Roberto Carlos é tão diminuta que poderia ter sido esquecida, sim. Por que não? E o mais marcante, acho, é que – assim mesmo – Chico admitiu ter errado, pediu desculpas publicamente, mas… Isso não foi suficiente. Ah. Ah. Ah.
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A turma, “aquela turma”, quer que o sujeito pare de ir a Paris, pare de comer o que come, mude-se do Leblon para Turiaçu e deixe imediatamente de defender o que ele quer defender (mesmo eu aqui sendo contra algumas defesas dele, se é que são dele mesmo).
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Lembrei de um dos maiores poetas do mundo, o senhor Mario Quintana, quando afirmou: “Cada um pensa como pode”. E muitas vezes como lhe é conveniente, digo eu.
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Deixo saudades… Do Quintana!
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