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Blue Bus no Web Summit Lisboa – Trump, encontroes, vinho, love and…peace!
Nem os ventos, que atravessaram o Atlântico até Lisboa soprando com força o resultado da eleiçao americana de ontem, fizeram tremer o palco do MEO Arena onde estao sendo realizadas as anunciadas conferências do Web Summit. Muito público, muitas palavras e algumas surpresas… Logo cedo, a 1ª manifestaçao anti-Trump uniu palco e plateia numa sonora vaia e alguns palavroes entre os mais descontentes – “Levantem-se fu*#/-&**!”, gritou um irado Dave McLure, da 500 Startups, antes de abrir a sua palestra sob o sugestivo tema “Is ego the biggest reason for failure?” (O ego é a maior razao do fracasso?) – tudo a ver com o momento, ou nao…
Protesto feito, o jeito foi encarar uma caminhada pelos corredores para ver o que estava acontecendo. Durante o percurso através dos pavilhoes repletos de stands de marcas tecnológicas famosas e outras menos famosas, os tropeços, desvios e encontroes eram uma constante – todos de cabeça baixa e com os olhos em seus celulares, andavam em busca de possíveis negócios, sem perceber que o futuro, muitas vezes, estava plugado em uma mesa bem ali ao lado. Nesse difícil percurso, “Excuse-me” era a palavra mais utilizada. Seria uma senha para o início de uma boa conversa? O próximo email dirá…
Mais uns passos, o Media Center onde jornalistas ficam escondidos entre laptops, fios, vídeos e entrevistas. Pude notar alguma agitaçao no pedaço onde mandavam os seus trabalhos, com um olho nos teclados e outro no que era oferecido à imprensa nossa de todos os dias – água gelada, café, chá, bolinhos, sanduíches, salgadinhos e… vinho! Para muitos, nao necessariamente nessa ordem.
Como the end para esse 2º dia, uma palestra prometia – “Love and tech in the time of Tinder” (Amor e tecnologia na era do Tinder), era o título. Como nao ir? Auditório com lotaçao esgotada para assistir Sean Rad, fundador do Tinder – um app com milhoes de usuários em todo o mundo e com mais de 20 milhoes de conexoes. Aplaudido como um pop star, debaixo de uma chuva de luzes de celulares, falou, falou, mas evitou contar o segredo do bolo que até pode dar em casamento (!). Já quase no final, deixou para o público – e até para um urso panda presente no meio da multidao – uma das máximas, ou mínimas, sobre o seu principal objetivo – que as pessoas se conheçam na vida real, que se juntem realmente e nao apenas na aplicaçao, disse antes de sair. Ironia ou nao, no real ou no virtual, all we need is love… and peace! Que o Trump nao nos ouça…
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