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#Cannes – Mídia é todo lugar onde ideias e pessoas se encontram
A tese da Cheíl, responsável pelo último painel do dia aqui em Cannes é simples – em um mundo onde o contéudo é o que importa e virtualmente tudo pode ser uma plataforma de contato da marca com os consumidores, o conceito de mídia precisa ser revisitado. Para empresas de comunicaçao modernas, mídia deveria ser todo lugar onde ideias e pessoas possam se encontrar.
Para que esse conceito possa funcionar, segundo a Cheíl, é preciso compreender o ritmo de vida dos consumidores para encontrar o momento exato onde inserir a marca. Pode ser enquanto as pessoas esperam o metrô a caminho de casa, como fez a Tesco na Coréia, ao instalar uma gôndola virtual de supermercado, que permite as pessoas fazer compras na volta para casa. Ou na cama, na hora de acordar, como preferiu a Dunkin Donuts também na Coréia – um aplicativo de celular nao apenas despertava o cliente na hora desejada como ainda oferecia cupons de desconto para que ele tomasse o café da manha na loja. Outro exemplo apresentado no seminário foi o da Mapo Bridge, em Seul, local com alto índice de suicídios. Depois que a Samsung Seguros, em parceria com a prefeitura local, instalou mensagens luminosas de estímulo a vida na borda da ponte, a taxa de mortes no local caiu 77%. Também mereceu destaque na palestra a açao da Mizuno, enviando gratuitamente tênis a corredores para que eles testassem o produto e o recomendassem aos amigos.
De fato a ideia de que midia é qualquer lugar onde ideias e pessoas se encontram é poderosa. Porém, nem os mais inocentes esperam de verdade que agências brasileiras troquem verbas de veiculaçao em veículos tradicionais pela distribuiçao de tênis a formadores de opiniao ou instalaçao de mensagens positivas em pontes, como fez a Cheíl. Ainda hoje em dia, no debate entre o modelo de negócios da publicidade brasileira e as novas tendências da comunicaçao, o BV ainda fala mais alto ;-)
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