#Cannes – No painel da Publicis, Heineken diz tudo o que a plateia queria ouvir

Direto de Cannes

O painel da Publicis, comandado todo ano por Maurice Lévy, arrebatou a plateia hoje no Gran Audi. Primeiro porque trouxe o CEO (Jean-François Boxmeer) e o CMO (Alexis Nasard) de uma marca simpática e criativa, a Heineken. Depois, porque o clima foi descontraído e bem humorado. E finalmente porque o discurso de Nasard, responsável pelo marketing da cervejaria, soou como música para os ouvidos da audiência de Cannes. Entre outras coisas, ele disse que ser criativa é uma decisao estratégica da empresa, que já aprovou ideias apesar das pesquisas recomendarem o contrário, que seu objetivo é que os criativos da agência briguem internamente para trabalhar para a Heineken e que publicidade é arte. Tudo o que a plateia, majoritariamente formada por criativos, queria ouvir ;)

Interessante foi fazer um paralelo entre esse painel e o da WPP, que aconteceu hoje mais cedo. Ambos foram formados pelo CEO de uma grande rede de agências de comunicaçao (WPP e Publicis), um CEO e um CMO de um grande anunciante de bebidas (Coca e Heineken). Em ambos havia garrafas dos respectivos produtos sobre a mesa em frente as poltronas dos debatedores. Mas foram dinâmicas completamente diferentes. Enquanto no painel da WPP o ambiente foi sóbrio e formal, no da Publicis nao faltaram piadas e risadas. Se de um lado o CMO da Coca falava apenas quando o CEO abria espaço para ele, de outro o CMO da Heineken roubou a cena, sob os olhares aprovadores de seu chefe. Quanto Sorrel perguntou sobre inovaçao, Kent, o CEO da Coca, apenas apontou para Tripodi, seu CMO, indicando que a resposta caberia a ele. Quando Lévy perguntou sobre criatividade, Nasard se apressou a responder e Boxmeer depois de ouvir a resposta fez com o dedo sinal de positivo. Ficou claro a diferença enorme de culturas nas empresas, o que certamente se reflete também no relacionamento com seus fornecedores.

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