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Caso Conti | Quando o melhor do jornal é a ombudsman, reze por ele
A ombudsman da Folha Vera Guimaraes Martins registra que o jornal tropeçou duas vezes esta semana. Na primeira, ao ser contestado pelo poeta Augusto de Campos, que denunciou uso de sua obra sem autorizaçao.
Ele reagiu ao uso, pela Folha, de seu poema Viva Vaia, cercado de textos e legendas que discutiam os insultos dirigidos à presidente Dilma, no Itaquerao. No 2o momento, a jornalista aponta “monumental barriga” de seu colunista Mario Sergio Conti, que publicou uma falsa entrevista com um sósia do Felipao – Vladimir Palomo – como se ele fosse o treinador, nos sites da Folha e do Globo.
Para Vera, o jornal nao reconheceu seus erros com clareza e devida presteza – e ela decreta placar da partida: “Fim do jogo (e da semana): Arrogância, 2 vs Autocrítica, 0”.
“Erros, por mais crassos, acontecem, e o episódio Jayson Blair no New York Times está aí para mostrar que nao é prerrogativa da imprensa nacional. A diferença está em como se lida com eles e, neste aspecto, a Folha ficou devendo. Na primeira versao, o Erramos do site dizia que o colunista havia sido vítima de trote (!) versao difícil de engolir quando o próprio entrevistado entregou um cartao escancarando sua condiçao de imitador”, diz.
“Mario Sergio Conti se explica e se desculpa. Ninguém da Folha se pronuncia. O colunista assumiu a falha sozinho – Foi um erro tolo. Nao prejudiquei ninguém, a nao ser eu mesmo, declarou. É muita modéstia. Faltou lembrar dos prejuízos materiais (exemplares destruidos pela Folha) e do arranhao na credibilidade dos jornais, um ativo que nao tem preço”. Com noticias na internet sobre a reaçao da ombudsman aos tropeços da semana,
MARIO CHIMANOVITCH
CONTI COMPORTA-SE COMO UM PAVÃO, MAS ÃO PASSA DE – COMO OS INGLESES HABITUALMENTE CLASSIFICAM GENTE DA SUA ESIRPE – A POMPOUS FART.