‘Censurar vídeo é fugir da responsabilidade’ – @fabioporchat no Estadao

O comediante e sócio-fundador do Porta dos Fundos Fábio Porchat comenta hoje em coluna no Estadao o caso do pedido de censura ao vídeo ‘Rola’, que foi negado pela Justiça – ” O que o requerente diz é que o vídeo fere a moral e os bons costumes. A moral de quem? Os bons costumes de quem? O vídeo tem seis milhoes de acessos. Ninguém é obrigado a gostar do esquete, mas impedi-lo de existir?”, reflete ele.

E continua, chamando atençao para a responsabilidade dos pais de acompanhar o que seus filhos veem na internet – ” Acho muito forte alguém querer proibir as outras pessoas de verem um vídeo porque se ofendeu. Ninguém é obrigado a ver, vê quem quer. (…) Na internet, nao é só ligar o computador. Preciso acessar uma rede, digitar um endereço virtual, acessar um site, clicar num vídeo, para aí sim, as tais imagens e vozes pularem pra dentro da minha casa.”

Encerra com uma provocaçao – se é pra controlar o que as crianças andam vendo, muito mais coisas precisam sair do ar – “Você é o censor do seu filho. Nao da sociedade. Fique tranquilo que cada um sabe de si. Entao vamos tirar do ar o site da Playboy, vai que seu filho entra lá. Vamos tirar do ar a globo.com que reproduz seus telejornais com as notícias mais escabrosas que aconteceram no mundo. Ou qualquer vídeo do ex-governador do Rio de Janeiro, Garotinho, falando qualquer coisa. Vamos tirar do ar os vídeos do Feliciano pregando em sua igreja, porque isso sim ofende a minha moral e os meus bons costumes”.

Leia na íntegra no Estadao.

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