Comparando as reaçoes às mortes de Thatcher e Chavez, veja aqui

No Diario do Centro do Mundo, você pode ler a essência da manifestaçao de Morrisey, cantor do Smiths, à morte de Thatcher – “Cada movimento que ela fez foi marcado pela negatividade. Ela odiava os mineiros, ela odiava as artes, ela odiava os pobres, ela odiava o Greenpeace e os todas as entidades de proteçao ambiental. Ela deu a ordem para explodir o Belgrano já quando o navio argentino estava se afastando das Malvinas. E quando os meninos argentinos a bordo do Belgrano sofreram uma morte terrível e injusta, Thatcher deu o sinal sinal de positivo para a imprensa britânica (…..)”.

No texto provocado pela reaçao dos ingleses a morte da Dama de Ferro, Paulo Nogueira, autor do blog, confessa que mesmo sabendo que a figura de Thatcher dividia os ingleses, “nao imaginava, até ver as reaçoes à sua morte aqui na Inglaterra e em outras partes do Reino Unido, o quanto o ódio que ela despertou suplantava o amor e a admiraçao”.

Conta – “Horas depois do anúncio da morte, enfrentaram-se em Manchester os dois times locais, o United e o City. Nao houve minuto de silêncio. A torcida teria devastado o tributo. Em Liverpool, os torcedores cantavam em comemoraçao à morte de Thatcher. Numa tragédia em que morreram muitos torcedores no estádio do Liverpool nos dias de Thatcher, a polícia acusou a torcida local – erradamente, como se veria depois. Thatcher condenou a torcida e apoiou a versao falaciosa da polícia. Jamais foi perdoada”.

Segue – “No twitter, o congressista George Galloway lembrou que ouviu Thatcher chamar Mandela, no Parlamento, de ‘terrorista’. Sob numerosas manifestaçoes de apoio e poucas de protesto, Galloway disse ‘Que ela arda no inferno’…”.

Nogueira observa que “Galloway disse algo que merece reflexao”. Ele comparou a reaçao à morte de Thatcher com a reaçao à morte de Chávez, 1 mês atrás. Registra – “O povo nao é bobo. Thatcher fez 1 governo dos ricos, pelos ricos e para os ricos. Chávez governou para os pobres”. Anota – “O reconhecimento da voz rouca das ruas — vital para o que vai ficar registrado para a posteridade nos livros – irrompe com potência sublime e comovedora na morte de pessoas públicas”.

Leia nota anterior no Blue Bus

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