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Criatividade brasileira no palco de #Cannes – deu tudo errado
Direto de Cannes
4 brasileiros no palco do Gran Audi discutindo as virtudes do olhar estrangeiro para cultivar a criatividade. Para melhorar, os nomes escalados para o painel eram excelentes – Icaro Dória, da W+K, Fernanda Romano, da Naked, Rafael Rizuto, da Pereira O’ Dell e Daniel da Hora, que dirige sua própria butique criativa. Nao podia dar errado, nao é? Mas deu.
Para começar, Daniel fez uma apresentaçao fraca, em um inglês claudicante, por longuíssimos 20 minutos, defendendo a tese de que a miscigenaçao cultural estimula novas abordagens criativas. Na sequência, o debate, ao invés de reforçar a teoria, colocou dúvidas na plateia. Na maior parte do tempo, o que se discutiu foi a dificuldade para conciliar diferentes visoes culturais em agências e anunciantes globais. Tirando as boas histórias contadas pela Fernanda, Icaro e Rafael, pouco sobrou. A criatividade brasileira merecia melhor sorte.
luis
Parece que o Luiz Alberto Marinho descreveu bem o que houve no palco. Eu, que não estava lá, imagino a platéia. Um Grand Audi com centenas de publicitários, a maioria frequentadora há anos. Gente que há 20, 10 ou no mínimo 5 anos, assiste publicidade brasileira. Uma publicidade de gente branca pra gente branca, onde até existem negros, como existem bikinis em filmes russos. Onde um índio não caricato nunca deu as caras. Gente que nos últimos anos foi obrigada, por dever profissional, a estudar o Brasil, e descobriu que metade da população é negra. Por que essa gente acharia alguma graça em 4 brancos louvando a miscigenação ? Cannes é um evento de negócios. Por que alguém acreditaria nesse anúncio ?
Marcio Mascarenhas
São os criativosapresentativossabedoresdetudo…….kkkkkkkkkkkkkkk