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Criticando o Facebook – ‘Temos o tipo de comunicaçao que merecemos’ – será mesmo?
Pesquisa publicada pela Public Library of Science neste semestre, conduzida pelo Laboratório de Estudos da Emoçao e do Autocontrole da Escola de Psicologia da Universidade de Michigan – comandada pelo professor do Instituto de Pesquisas Sociais da U-M Ethan Kross, em parceria com Phillipe Verduyn, da Universidade de Leuven, na Bélgica, concluiu que “quanto mais usa o Facebook, mais infeliz e solitário o sujeito é”. O assunto é materia na Carta Capital ediçao na internet – saiu com data de ontem, 24, sob a chamada Os brucutus da timeline. Assinada por Eduardo Graça, conclui que “democráticas e inclusivas em sua visao idílica, as redes sociais formam um Homo digitalis triste, solitário, invejoso e radicalizado pelos guetos virtuais” – É isso mesmo?
Sobre a pesquisa de Michigan-Leuven, o autor escreve – “Inovadora por ser a primeira a acompanhar a rotina de dezenas de usuários da rede social por um período determinado, a análise empírica, centrada em jovens com menos de 30 anos, possibilita entender um pouco melhor os contornos do Homo digitalis anunciado na década de 90 pelo americano Nicholas Negroponte, um dos criadores do celebrado Media Lab do Massachusetts Institute of Technology”. E anota – “Outras pesquisas divulgadas neste ano revelam um aparente paradoxo: ao mesmo tempo que redes sociais, notadamente o Facebook e o Twitter, sao apresentadas como importantes ferramentas para o ativismo social e político, estudiosos apontam para o incremento da sensaçao de solidao e um aumento de polarizaçao ideológica, com a tendência de os usuários dialogarem com indivíduos de posiçao política e comportamental similares às suas – e criticam a ideia de que essas plataformas, por sua natureza, exporiam os usuários a uma quantidade anteriormente inimaginável de pontos de vista”.
Seguindo – Segundo o sociólogo Stephen Duncombe, especialista em novas mídias do Departamento de Mídia, Cultura e Comunicaçao Social da Universidade de Nova Iorque, “a contradiçao existe, mas nao me surpreende”. Diz que a amizade é algo que vai além da comunicaçao, é a sensaçao de comunhao com o outro. Esse sentimento pode dar-se pela troca de ideias, ou mesmo de imagens, como no Instagram. Mas é mais intensamente realizado pela proximidade humana” – “Frequentemente, os momentos em que nos sentimos mais próximos de outro ser humano sao aqueles em que estamos fisicamente juntos, mas nao dizemos nada” – defende.
O texto tambem cita os professores Peter Bauxmann e Hanna Krasnova – que criaram a imagem de uma “espiral da inveja”, especialmente dolorosa para os “usuários passivos”, que postam menos e experimentam a rede como testemunhas das conquistas sociais dos outros, tal qual estes as editam nas redes sociais – “Os usuários percebem o Facebook como um ambiente estressante, o que poderá, no longo prazo, ameaçar a sustentabilidade da plataforma”, anotam.
A certa altura, expoe a queixa que as redes nao ajudaram a formar opinioes plurais mas, ao contrario, produziram guetos onde se reunem os iguais – veja uma referência acima no 2º paragrafo. Mas em algum outro momento, na historia da humanidade, antes, foi diferente?
Por aí a materia segue – nao deixe de visitar a integra que vale a pena – para refletir. Vá até o fim para entender porque 1 professor da Universidade de NY conclui que “temos o tipo de comunicaçao que merecemos”… Será mesmo?
luciano
Vale a pena parar e ler: http://demografiaunicamp.wordpress.com/2013/10/30/porque-os-jovens-profissionais-da-geracao-y-estao-infelizes/