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Design de serviços e a indústria de mídia – conteúdo ainda é o rei?
Nao é novidade. Nos últimos anos, a retraçao do mercado de mídia tem sido desoladora. Redaçoes vem encolhendo regularmente e muitos jornais até desapareceram do mapa. Mesmo publicaçoes de grande porte, como o Wall Street Journal, apresentam resultados gradualmente piores. Isso acontece porque a publicidade online nao fecha as contas. No último quarto de 2016, por exemplo, o New York Times viu sua receita digital crescer 21%, num total de USD 58 milhoes. No entanto, a versao impressa do NYT representa quase 3x esse montante – algo em torno dos USD 160 milhoes só nos últimos meses do ano. Se comparado ao mesmo período de 2015, a queda foi de 19%. É desastroso. E, ao que tudo indica, a tendência é que os números da publicidade impressa continuarao caindo ainda mais aceleradamente nos próximos anos.
Mas, obviamente, nao é só o jornalismo que passa por grandes mudanças. Com a internet, a indústria fonográfica foi a primeira a ser virada de ponta cabeça. E vem se reinventando. A história se repete no competitivo mercado de televisao: modelos ultrapassados vem demonstrando claros sinais de exaustao.
Tecnologia e conteúdo na indústria do entretenimento
Há poucos meses, um anúncio apontou novidades na indústria do entretenimento. Depois de anos de negociaçoes, a gigante das telecomunicaçoes AT&T adquiriu a Time Warner, um dos mais poderosos estúdios de Hollywood. O investimento faz sentido. Com o avanço da tecnologia e melhoria dos recursos de infra-estrutura, a competiçao entre as empresas de telecom tende a aumentar. Será mais fácil para o consumidor adquirir acesso bom e barato. Hoje, a maior empresa de telecomunicaçoes do planeta é a proprietária da CNN, NBC, HBO, DC Comics, Cartoon Network e Weather Channel. Com a aquisiçao da Warner, a AT&T adquire ainda 10% de participaçao no Hulu (spoiler: mais live streaming em breve!). No ano passado a empresa já era líder no mercado de TV por assinatura nos Estados Unidos. Possuir conteúdo próprio e de relevância é estratégico para a empresa. É uma forma de se proteger e, ao mesmo tempo, expandir em novos mercados.
Outras empresas adotam estratégias similares. Em 2015, a demanda por vídeos correspondeu a 70% de todo o tráfego na internet norteamericana. O Netflix sozinho foi responsável por pouco mais da metade de toda essa banda. A partir de 2013, a empresa começou a investir em produçoes próprias, muitas de grande sucesso. Essa foi uma das principais razoes para conseguir expandir em dezenas de novos países.
Fica a impressao, entao, que o maior desafio dos produtores de conteúdo – jornais, rádios, canais de TV, ou até mesmo departamentos de comunicaçao corporativa – está diretamente relacionado a sua capacidade de lidar com a tecnologia, o que também nao deixa de ser verdade. A concorrência é alta e o ecossistema é complexo. Empresas de hardware (Apple, Samsung, HP), desenvolvedoras de software (Microsoft, Oracle, SAP), fabricantes de eletrônicos (Panasonic, LG, Sony), além das mídias sociais (Facebook, Twitter, LinkedIn), todas brigam por uma fatia maior da economia digital. E olha que nem citei o Google ou a Amazon.
Mas o que design de serviços tem a ver com tudo isso? Continue lendo aqui.
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