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Desperdício de mais da metade da verba também em mídia social? | Coutinho
Segundo o Digital Influence Report de 2013, recentemente publicado pelo Technorati, mais da metade dos anunciantes prevê um aumento superior a 40% no seu gasto com mídia social este ano. Mas boa parte desta verba pode ser desperdiçada ao nao atingir os ‘influenciadores’ mais importantes na decisao de compra (processo no qual, segundo a pesquisa, os blogs tem papel fundamental). Para o Technorati, ao utilizar metodologias tradicionais de painéis de audiência, que nao captam adequadamente o comportamento de diversos nichos, e ao confiar exclusivamente em métricas de tráfego como indicadores de sucesso, as marcas colocam apenas 6% da sua verba de mídia social sobre os influenciadores.
Como já observamos em outras ocasioes, uma rede social é muito mais que um simples fenômeno de mídia, e ao tratá-las desta maneira as empresas perdem oportunidades que vao muito além da simples exposiçao de marca. Utilizar um indicador de mídia (audiência) como substituto de participaçao ou influência é uma bobagem do ponto de vista da dinâmica social. Ao mesmo tempo, o estudo confirma a existência de um “ecossistema de mídia”, no qual somente a mídia social ou açoes tradicionais nao funcionam de forma eficiente – sites de notícias e de varejistas superam ou igualam a influência de redes sociais no processo de compra, segundo o estudo. A necessidade de integraçao exige que os processos de compra, venda e avaliaçao de exposiçao baseados nos padroes industriais de meados do século passado sejam repensados para atingir um consumidor cada vez mais digital!
rene de paula jr
Coutinho, três pontos:
1. em muitas empresas social está ligado à area de branding, e em branding sempre se desperdiçou metade da verba sem maiores dramas, ainda mais porque todos os envolvidos ganhavam fabulas com isso.
2. empresas não TÊM que conversar, elas têm que focar no seu negócio e gerenciar bem suas verbas. claro que sempre dá pra fazer N coisas com qualquer media (o entregador do Estadão poderia dar terapia de casais a domicilio, por exemplo), mas empresas devem ter foco.
3. por que citar a realidade americana e omitir o mercado publicitario brasileiro, movido a incentivos inconfessáveis (BV)? por que não citar os nossos “influenciadores” locais que cobram milhares de reais para um post de impacto duvidoso?
pra concluir, esses números não refletem um despreparo do mercado ou a burrice dos profissionais: eles indicam que a mesma malandragem de sempre ainda funciona… mesmo nos meios digitais