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Do El País | O segundo assassinato de Marielle Franco
Todas as vidas humanas têm valor e todos os crimes sao abomináveis, seja o de um presidente de um país, o de um policial ou o de um garoto da favela; o de um negro ou o de um branco; o de uma mulher ou o de um homem; o de um gay ou o de um heterossexual. Mas nem todos os crimes têm a mesma carga simbólica. Nem a intencionalidade dos assassinos é sempre a mesma. O pistoleiro que mata o dono de uma loja durante um assalto nao persegue os mesmos objetivos que o fanático islâmico que executa um desenhista de caricaturas. Apesar de as duas vidas terem valor idêntico e os dois assassinatos serem igualmente condenáveis, o segundo encerra uma mensagem muito mais forte: nao pretende só matar uma pessoa, seu propósito é destruir um modo de convivência social. Quando um político é assassinado por sua própria condiçao de político, o assassino pretende algo mais do que matar uma pessoa. Quer acabar com suas ideias e, sobretudo, com seu direito a expressá-las. Se além disso ainda se trata de um cargo eletivo, as balas nao sao dirigidas apenas contra essa pessoa, mas contra todos aqueles que a elegeram para que as representasse. (…)” Texto de Xosé Hermida no El País, continue lendo aqui. | Imagem via Midia Ninja
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