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E os grandes jornais se desmentem hoje depois de semanas de pessimismo :(
Do Luciano Martins Costa hoje no Observatorio da Imprensa.
O leitor crítico e observador deve estranhar algumas reportagens publicadas nas ediçoes de hoje dos principais jornais brasileiros. Depois de semanas martelando na tecla do “pibinho” e repetindo projeçoes de piora no cenário econômico nacional, o Estado de S Paulo, a Folha e o Globo trazem um retrato contraditório com a tendência que vinham apontando.
“Empresário brasileiro está entre os mais otimistas”, diz a Folha em chamada de primeira página, referindo-se a pesquisa feita pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) em 68 países – anterior no Blue Bus hoje. Segundo a reportagem, “a despeito das perspectivas pessimistas da economia, 44% dos empresários brasileiros estao confiantes no crescimento da receita das companhias”.
Também no Estadao e no Globo, a pesquisa da Price ganha espaço e rompe o ciclo de catastrofismo da imprensa. Segundo o estudo, feito por consultas a 1.330 líderes empresariais atuantes em 68 países, o otimismo dos homens de negócio no Brasil supera as expectativas dos seus consortes nas duas maiores economias do mundo, EUA e China, e fica atrás apenas de russos, indianos e mexicanos.
Ao contrário do que a imprensa nacional tem induzido, na visao de quem faz grandes negócios o Brasil se encontra na condiçao de “crescer e acelerar”, com uma perspectiva de incrementar sua economia em média 4% ao ano entre 2013 e 2015.
O ranço predominantemente negativista do noticiário econômico no Brasil, característica ainda mais visível na própria Folha, também é parcialmente desfeito pelo principal diário especializado em economia e negócios, o Valor Econômico.
Segundo o Valor, o Índice de Confiança da Indústria, sondagem feita periodicamente pela Fundaçao Getulio Vargas, teve uma leve melhora, que, se confirmada, vai consolidar o maior patamar de otimismo do setor desde junho de 2011. O resultado final da pesquisa será divulgado na semana que vem, mas os primeiros números apontam para bons indicadores sobre a situaçao atual e o nível da capacidade instalada da indústria brasileira.
Nao é a primeira vez que a realidade desmente a tendência da imprensa nacional, que costuma misturar política com economia ao avaliar os indicadores :(
(…..) Paralelamente, a Folha de S Paulo informa que o capital estrangeiro no Brasil teve uma reduçao em 2012, em relaçao ao ano anterior. Trata-se dos mesmos números citados pelo Globo, mas a Folha prefere usar como fonte o Instituto de Finanças Internacionais em vez do Banco Central, dando um viés negativo aos mesmos indicadores (!)
(…..) Esse apanhado de indicadores demonstra que o noticiário econômico sofre infiltração de interesses políticos dos jornais, que parecem interessados em investir no pessimismo. Mas nem o mais talentoso editorialista ou colunista consegue driblar os fatos indefinidamente.
Wilson
Parcialidade pouca é bobagem.
Francisco
Pois é Júlio, na hora de pensar nos investimentos, o empresário leva em conta o mundo real e não a ficção pessimista propagandeada pela grande mídia. Vide o apagão apocalíptico das últimas semanas.