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Em conferência nos EUA, presidente da PepsiCo faz críticas duras à indústria publicitária
“Os modelos das agências de publicidade estao quebrando. Os anúncios pre-roll sao inúteis. Os modelos de métrica estao desatualizados. Falta diversidade na indústria publicitária. O termo ‘marketing digital’ deveria ser banido” – assim o Ad Age resume a dura que Brad Jakeman, presidente da PepsiCo, deu nos publicitários em uma apresentaçao na conferência ‘Masters of Marketing’, da Association of National Advertising, nessa 4ª feira, em Orlando, Flórida. Jakeman chegou a dizer inclusive que o termo ‘publicidade’ deveria ser aposentado, e tudo isso na frente de 2,700 profissionais de marketing e publicidade em um evento organizado por uma associaçao… de publicidade. “Podemos parar de usar o termo publicidade, que é baseado nesse modelo de poluiçao?”, disse ele. Sem poupar críticas, o executivo confessou que os anúncios que vêm antes dos vídeos sao os que ele mais odeia – “O que é ainda pior é que eu sei que as pessoas que fazem esses anúncios sabem que eu vou odiá-los. E como eu sei disso? Porque elas me dizem por quanto tempo eu terei que aturá-los – 30 segundos, 20 segundos, 15 segundos. Você só precisa assistir a essa porcaria por mais 10 segundos e entao você vai ter o conteúdo que realmente quer ver. Esse é um modelo de poluiçao que nao é sustentável”, afirmou.
As palavras mais duras de Jakeman ainda viriam, destinadas especificamente às agências de publicidade – “O modelo de agência com o qual eu cresci ainda nao mudou”, observando que já está no mercado há 25 anos. “Ainda assim, os CEOs das agências estao sentados vendo os funcionários irem embora… eles estao vendo os clientes sendo muito mais promíscuos com suas agências do que jamais foram”. Além de questionar a falta de inovaçao, Brad criticou a falta de diversidade nas agências – “Estou cansado, como cliente, de sentar em reunioes com um monte de homens hetero brancos falando comigo sobre como vamos vender nossas marcas cujo público é composto por 85% de mulheres. Inovaçao nao vem de grupos homogêneos de pessoas”, disparou. Leia a matéria na íntegra aqui.
Brazileiro S.A.
Parabéns ao executivo pela coragem e honestidade em colocar a propaganda no seu devido lugar. Nunca engoli esse papo de “apaixonado por tal marca”, afinal, quem toma café apenas gosta de café e não “ama uma marca de café”. E Pepsi e Coca contêm cafeína em suas fórmulas, para justamente “viciar” o consumidor. Essa é a verdade, pessoas se viciam em tomar refri à base de cafeína. Energéticos, então, nem se fala! Se o consumidor curtisse de verdade os anúncios, não instalaria adblock nos dispositivos. O mundo ideal seria que todos tivessem grana para pagar serviços premium e se livrar dessas mentirinhas de 30 segundos bem produzidas.