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Em conferência sobre mulheres na publicidade, transgênero fala sobre sua experiência dos 2 lados
Essa semana, Nova Iorque recebeu a 3% Conference, evento dedicado a incentivar o crescimento das lideranças femininas no departamento criativo das agências de publicidade. Na época em que o 3% Movement surgiu, apenas 3% de todos os diretores de criaçao dos EUA eram mulheres. Hoje sao 11%. Ainda muito pouco, especialmente considerando que as mulheres influenciam mais de 80% dos gastos e 60% do que é compartilhado nas mídias sociais. Nesse cenário, uma palestra em especial chamou a atençao – a de Chris Edwards, que trabalhou em agência quando ainda era mulher e agora, como homem. Transgênero, Chris perguntou a si mesmo – “O fato de ser homem me ajudou a ser mais bem sucedido na minha carreira? Sim.” Parte desse sucesso ele atribui ao fato de se sentir mais confiante e feliz depois da transiçao – certas pessoas até diziam que ele ficou “mais alto”. “O departamento de criaçao é um clube do bolinha. Só depois que eu entrei no clube, olhando de dentro para fora, percebi o quao desconfortável isso poderia ser para as mulheres”, conta Edwards.
O publicitário também descreveu um jantar de negócios com 7 homens e 1 mulher – o restaurante tinha sido escolhido por causa das garçonetes ‘gostosas’, e depois do jantar, todos foram a um clube de strip. Segundo ele, a desconsideraçao pela única mulher no grupo nao se deu de forma proposital, e nao era a intençao fazer com que ela se sentisse desconfortável – “Nao foi intencional. O fato é que, para essa dinâmica mudar, mais mulheres precisam entrar e permanecer nessa indústria. Se houvesse a mesma proporçao de homens e mulheres, essa conversa e o clube de strip nunca teriam acontecido.” Chris também acredita que as mulheres precisam se impor – “Eu gerenciei mais de 50 equipes criativas, e as mulheres consistentemente deixavam os homens assumir a liderança na hora de apresentar seu trabalho. Nao é apenas sobre criar o trabalho, é sobre vender o trabalho”, afirma. O mesmo vale para aumento de salário e promoçoes – peça. Como mulher, ele diz que nunca se sentiu confiante para pedir, mas se um homem quer um aumento ou uma promoçao, ele simplesmente pede. “Você nem sempre consegue tudo que quer, mas pelo menos eu sabia que nao estava me segurando.” Leia a matéria na íntegra no Ad Age. | Foto: Bronac McNeill
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