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Em Lisboa, Dilma fala sobre seu afastamento, o futuro e a democracia no Brasil
O local nao poderia ser mais propício para uma conferência de imprensa – Fundaçao José Saramago. Lugar onde as palavras estao no ar, no cartaz da entrada e devem ser lidas, ouvidas e entendidas com liberdade de pensamento e o respeito que merecem. No auditório, jornalistas portugueses e internacionais aguardavam pela ex-presidente Dilma Rousseff. Silêncio e uma certa tensao antes da entrada da convidada. Logo em seguida, os agradecimentos de praxe, o disparar dos cliques das máquinas fotográficas, as luzes das câmaras e as perguntas com longas respostas que, em nenhum momento, pareciam abalar quem chegou mesmo a provocar tímidos risos ao declarar para a plateia “Eu quero muito falar. E acho que vou ter que falar por uns bons 15 anos. Vou tentar ficar com a voz boa para falar por mais 15 anos”. Entao, fala Dilma!
Sobre o seu afastamento – “Eu diria que a misoginia (o desprezo pelas mulheres) foi um dos ingredientes, mas nao o único, mas certamente um dos ingredientes. O meu processo de afastamento, na verdade, foi um golpe parlamentar.”
Sobre a possibilidade de se candidatar novamente – “Estou com 70 anos. Isso é para gente mais nova.”
Sobre o futuro – “Só há um jeito do Brasil voltar aos trilhos. É através da expansao da democracia. Nao o do encurtamento da democracia.”
Sobre a possibilidade de Lula se candidatar em 2018 – “É um encontro do país marcado com a democracia.”
Sobre o governo de Portugal, uma coligaçao de esquerda – “Essa soluçao encontrada aqui em Portugal, acho que é hoje uma referência, um exemplo. Portugal de uma forma clara mostra um caminho, com uma coligaçao progressista, ao contrário da onda conservadora do mundo que tem levado ao poder grupos de extrema-direita.”
Nessa hora e meia de perguntas e respostas, muito ainda foi dito. Para quem quer saber mais, acompanhe o que Dilma Rousseff tem para dizer. Porque como ela mesmo declarou – “Eu quero muito falar. E acho que vou ter que falar por uns bons 15 anos”.
Dilma com Pilar del Rio, viúva de José Saramago e presidente da fundaçao que leva o nome do autor português
“Lugar de mulher é na revoluçao”
Inácio
Por favor, Bluebus, não nos faça lembrar da Presidanta e seu vitimismo psicótico. Olhemos pra frente.
Boleto
Uma mulher que cometeu erros e, acima de tudo, uma mulher guerreira e corajosa. Como estadista não se saiu muito bem mas é uma pessoa maravilhosa e de bom coração.
Sobre o comentário do Inácio, nem vou falar nada pq ele tem o governante que merece e parece não ter nada a TEMER (deve ser aposentado)