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Espírito olímpico – um passeio pelo coraçao do Rio 2016
Acordei com um bem-te-vi na janela e nao teve jeito – o tal do espírito olímpico me pegou de vez. Tomei nota até do dia e da hora – 3 de agosto de 2016, às 9:15 – momento exato em que a chama olímpica chegou ao Rio de Janeiro depois de atravessar, desde Niterói, a Baía da Guanabara. Balançando nas águas da imaginaçao, atravessei o passado ao som da Cidade Maravilhosa – que num silêncio festivo deu as boas-vindas à chama em solo carioca. Sempre comigo, a presença de meus antepassados me esperava em frente ao Chafariz do Mestre Valentim, na Praça XV, para me acompanhar num passeio por um Rio que eu ainda nao conhecia. A estaçao das barcas – Paquetá da minha infância…, a Candelária com a ainda nao revelada pira olímpica, o VLT andando sobre os trilhos, a orla Conde, o novo Museu do Amanhã, o Porto Maravilha e os edifícios emblemáticos do centro da cidade – agora muito mais visíveis, depois das obras de renovaçao urbana. Parei para respirar… A chama, mesmo para os mais críticos, chegou para iluminar as sombras dessa cidade que é nossa – dos cariocas, dos brasileiros e do mundo. Nao a apaguem, porque como diz o samba do nosso querido Nelson Cavaquinho, “O sol… há de brilhar mais uma vez, a luz… há de chegar aos coraçoes, do mal… será queimada a semente, o amor… será eterno novamente…” Valeu, mermã!
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