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Falha vs Folha, 2a instância vai decidir amanha como fica a liberdade de expressao
Deve ser amanha a decisao em 2a instância do caso ‘Falha SP vs Folha SP‘. Aqui a analise do Lino Bochini, da Falha, no momento censurada, sobre os possíveis desdobramentos – veja abaixo.
“Esse julgamento é importante porque, segundo o próprio juiz de primeira instância, trata-se de um caso inédito na Justiça brasileira. A disputa que está posta, é um suposto desejo da Folha de defender sua marca e, de nossa parte, a defesa da liberdade de expressao. A jurisprudência que se abrirá para um lado é importantíssima. Em caso de vitória da Folha, outras empresas que quiserem censurar blogueiros ou qualquer conteúdo na internet ganharao uma nova arma. Bastará usar o mesmo argumento vago de “uso indevido da marca” e pronto. A boa notícia é que, no caso de vitória nossa, a jurisprudência que se abre é a favor da coletividade. Ou seja, se outra empresa quiser censurar alguém por via judicial, terá mais dificuldades”.
“Essa questao coletiva é um dos motivos que tornou o caso tao visado. O outro é o que nos motivou a criar a Falha – o jornalismo extremamente partidário, travestido de imparcial, da Folha. Isso nao é contra lei. Mas denunciar a hipocrisia do jornal, que tem lado e claras preferências políticas, também é permitido. E é esse direito que queremos ter assegurado”.
O lado da Folha
dmellenbergs
Os vídeos são claros. É uma questão de uso de marca. Porque simplesmente não colocam outro nome no site e pronto? Ninguém vai impedi-los de expor suas divergências. Chamar isso de censura é, no mínimo, um problema de dicionário. Tentem criar um site batizado de Bestlé com o objetivo de criticar os produtos da Nestlé para ver o que acontece…
leo
ow! na boa? o cara da folha tá certo. Como ele diz, não tá falando do conteúdo e sim do uso indevido da marca… simples… desculpa ae mas não tem nada de censura não. Agora, poderia dar um refresco e tirar a parte do dindin, só pra mostrar q “é do bem”, e q
Filipe
Blue Bus cada vez mais fazendo proselitismo de esquerda. Tantos blogs chapa-branca sustentados com dinheiro público (…..) Agora essa confusão de um caso claro de marcas com “censura”. Prefiro acreditar que os editores não tenham feito um exercício de imaginação, como o nosso amigo colocou ali, de alguém criando um site chamado Blue Buz com a mesma identidade visual pra esculhambar este site (…..)
Julio Hungria
Meu caro Filipe, nosso core nao eh politica, eh midia e inovaçao. Por ser ‘midia’ estamos acompanhando Folha vs Falha. Mas nao estamos publicando leitores ‘plebiscitarios’, de core politico, desde que chegou ao auge irracional a discussao sobre a blogueira cubana. Nem os contra, nem os a favor. Abro uma pertinente exceçao pra vc pra te informar que sim, ja tivemos 1 alter ego, o piratebus.com.br – que nao estah mais no ar. Recebemos a “concorrência” com bom humor e demos, inclusive, na ocasiao, o link. Outro era 1 tumblr radicalmente critico sob a marca ‘Porra, Blue Bus’ – tambem linkamos, honrados com a oposiçao – tambem hoje nao existe mais. Por que censurar se eh possivel conviver? ;)
dmellenbergs
Concordo com o Filipe. Apesar da negativa do Julio, a posição do Blue Bus é claramente de defesa ou, no mínimo, de divulgação de informações favoráveis à turma do PT. Esse caso da Falha vs Folha é só um entre dezenas de críticas escancaradas a este jornal. Como também vem fazendo à Veja, ao Estadão etc. Ter uma posição política é direito de todos, desde que tenha a coragem de assumir. O que o Blue Bus anda fazendo é dissimulação e covardia ideológica.
Julio Hungria
Blue Bus é muito claro, tem opiniao, sim, mas nada a ver c/ partidarismo politico. A ver com ideologia e principios. Vc leu aqui ‘Jornalismo imparcial ou jornalismo com opiniao? Acho que vc já pode escolher’ http://bit.ly/13trWNs. Fundamental. Obrigado por comentar :)
dmellenbergs
Então, Julio, por favor explique por que o Blue Bus mantém o título “… como fica a liberdade de expressão” sobre uma matéria que diz respeito a uma disputa por direitos de marca. Indique aos leitores do Blue Bus em que momento o jornal impediu ou desejou impedir o site de continuar publicando o que bem entender, quando bem entender. Essa é a questão. Essa história de censura é o argumento, desonesto aliás, invocado por um dos lados da história. Não vejo nenhuma imparcialidade do Blue Bus nisso. De qualquer forma, obrigado por ter respondido.
Julio Hungria
Leu http://bit.ly/13trWNs? Vc entenderá;) Obrigado pelo dialogo
dmellenbergs
Caro Julio, o texto que você esta indicando não responde à pergunta, que é simples, pontual e que farei novamente. E que, se vc puder, me responda por favor, com suas palavras, sem tergiversar: por que o Blue Bus mantém o título “… como fica a liberdade de expressão” sobre uma matéria que diz respeito a uma disputa por direitos de marca? Indique (a mim e) aos leitores do Blue Bus em que momento o jornal tentou ou desejou impedir o site de continuar publicando o que bem entender, quando bem entender.
Reafirmo: o argumento do responsável pelo site é, no mínimo, desonesto, e o Blue Bus comprou.
PS. o texto que você indicou ilustra, fundamentalmente, o trabalho daqueles jornalistas que conhecemos por aqui como “colunistas”. Analisam as notícias guiados por suas convicções pessoais. Desde que isto esteja claro para o leitor, não há problema algum.
Eu é que agradeço pelo diálogo. Abs.
Julio Hungria
Meu caro, aquele texto nao se refere a colunistas mas a jornalistas ;) Entao eh isso – vc tem seu vies que nao coincide com o meu – Nao estou convencido de que foi apenas uma disputa de marca – apesar de bela argumentaçao do Sergio Davila que tambem publiquei ;)
dmellenbergs
Agora sim, Julio. Já que manteve o tal título na matéria e não está convencido de que se trata de mera disputa de marca, só posso concluir que comunga da ideia de que a Folha está censurando o blog. É uma ideia meio exótica, mas td bem.
Também concluirei que o blog é incapaz de divergir da Folha com outro nome; suas opiniões, de alguma maneira inexplicável, só podem ser manifestadas através dele. Fica a dica: no dia em que alguém quiser calar o Blue Bus e o Julio (é só um exemplo, claro), basta forçá-los a mudar de nome. Assim como a Nestlé não não seria mais capaz de produzir chocolates sob outra marca e a Petrobras teria que desistir do petróleo caso fosse rebatizada.
O argumento é interessante, mas o meu palpite é que juízes, de qualquer instância, se pautam pela lógica e por leis que asseguram tanto o direito autoral quanto o direito à propriedade privada.
Um abraço e obrigado pelo diálogo.