Ficar velho vai virar vintage? Do jeito que estamos indo – Tania Savaget

Estava relendo um texto “velho” da jornalista Eliane Brum, que adoro. Velho porque é de 2012 o que, neste mundo de velocidade e esquecimento, vira quase eternidade vale reler aqui.O mundo das marcas e da comunicaçao também é cheio de eufemismos e já entendeu que juventude nao é época de vida, mas um valor central da época em que vivemos.

O fato é que, desde sempre, nunca gostamos da ideia de morrer. Mas agora, neste tempo em que o parecer ganha uma super importância, queremos nos manter jovens a quase qualquer custo. Só que, somado a este culto à juventude estamos acompanhando a desglamourizaçao do futuro. Se no passado, só esperávamos coisas boas do que está por vir, agora aparece um medo, uma insegurança sobre o que nos espera.

Com tudo isto, acabamos olhando pra trás e encontrando experiências mais positivas: um pouco menos de informaçao, do frenesi das grandes cidades, da necessidade de saber tudo, de acompanhar os feeds, de estar sempre em movimento. A onda de nostalgia está em toda a parte e muitas marcas já entenderam isto. Quem sabe, um dia, vamos nos reconciliar com o tempo e viver cada fase da nossa vida sem querer ser sempre jovens? ;)

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