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Fique ligado | 57% da publicidade em vídeos na web NAO é vista por 1 ser humano
Numeros do NYT batem com resultados da Comscore
A discussao sobre a visibilidade dos anúncios online voltou a ganhar espaço na semana passada, quando matéria do New York Times revelou que 57% da publicidade em vídeos na internet nao é vista por um ser humano. O número é consistente com dados divulgados pela Comscore para o mercado americano (display), estimando que cerca de 47% dos anúncios em portais de conteúdo sao servidos, mas nao vistos (o resultado é ainda pior para as Ad Networks – aqui apenas 31% dos anúncios servidos sao “visíveis”).
A evoluçao da tecnologia publicitária que permite “certificar” anúncios vistos vai causar um desarranjo nas cadeias de comercializaçao (como aconteceu na polêmica dos pop-ups no início da década passada), mas após um período de ajustes o resultado será 1 crescimento da publicidade digital. O que hoje é uma oferta quase “infinita” de espaço publicitário (“publicidade servida”) será bastante reduzido. Na ponta da procura, o avanço das plataformas digitais além do PC (celulares, relógios, óculos, carros, etc) vai permitir novos investimentos dos anunciantes.
Mas estes avanços nao serao necessariamente capturados pelas empresas de conteúdo ou agências. No primeiro trimestre de 2014, Google e Facebook faturaram mais de USD 16,1 bilhoes em publicidade (combinados). Mantida a proporçao com o ano passado, podem chegar a cerca de USD 68 bilhoes no ano, 13% do investimento publicitário global total, de U$ 521 bilhoes. Da mesma forma, uma leitura detalhada dos resultados da Apple e da Amazon indica planos para novos espaços de publicidade (relógios, celulares) que serao parcialmente controlados por elas (a Apple gastou U$ 2,8 bilhoes em pesquisa e desenvolvimento no 1o trimestre, mais do que no ano passado inteiro).
A necessidade de adequar seu inventário e formatos de venda aos novos padroes da publicidade na Web, ao mesmo tempo em que acomodam os interesses das grandes plataformas do mundo digital, vai apertar o fluxo de caixa das agências e dos veículos. Um cenário ideal para soluçoes criativas que explorem a convergência entre marketing, conteúdo e tecnologia.
vanildo oliveira
Com as novas tecnologias,a máxima de que 50% do investimento em publicidade se perde, porém o difícil é identificar quais são estes 50%, está caindo por terra.
Amanda
Você claramente não leu o artigo do Times e traduziu o título ao pé da letra. Para começar o conceito de pre roll é deturpado, o pre roll é VOD (video on demand), que quer dizer isso? Que o vídeo tem que ser “demandado”, que o internauta tem que clicar no botão de play para ver o conteúdo e assim receber o anúncio previamente.
O NY Times fala do mercado americano, um mercado saturadíssimo, onde os publishers estão colocando players em auto-play em qualquer buraco da página para gerar mais tráfego e poder gerar mais renda, porque hoje em dia eles não podem atender as demandas de mercado. Fala também de um país a cem mil anos luz em tecnologia na frente do Brasil.
Eu trabalho com video digital e trabalho com publishers e sei o quantos eles prezam no Brasil a qualidade da página e do conteúdo para não molestar aos internautas. Até a publicidade digital no Brasil chegar a esse nível, ainda vai ser necessário muito tempo e muito chão para que os anunciantes acreditem na publicidade digital e invistam como se investe nos estados unidos.
Achei o artigo tendencioso, exagerado e completamente fora da realidade do mercado brasileiro.
Marcelo Coutinho
Olá Amanda,
Obrigado por seus comentários. O título da matéria é “The Great Unwatched”, portanto é claro que o título não foi traduzido ao pé da letra. O estudo completo você encontra aqui: http://vindicogroup.tumblr.com/
O fato do estudo ser para o mercado americano foi destacado na própria matéria, inclusive com referência para outro estudo da Comscore. Concordo com todas suas afiramções sobre as diferenças entre os mercados, por isso sempre tenho o cuidado de destacar qual a origem da pesquisa. Fico no aguardo dos dados que você tem para comprovar a realidade do mercado brasileiro em relação a visibilidade da publicidade em vídeo, será um prazer escrever um artigo sobre estas diferenças, desde que baseado em princípios científicos e não em pontos de vista individuais, que sempre correm o risco de serem tendenciosos, exagerados e “fora da realidade”.