Game over? New Game – texto no Facebook dedicado a jovens jornalistas

Veja o que acha desse texto

Do Roberto Melo, que se apresenta como consultor de midias digitais, escrevendo no grupo Jornalistas no Facebook

Dedico este post particularmente aps jovens jornalistas. 90% dos posts aqui sao de lamento ou constataçao da tragédia, e me incluo nessa até por vício, porque jornalista adora má notícia, o que é corretíssimo.

O fim do jornalismo como o conhecemos assusta de fato, e é natural que seja assim. Deve apavorar em especial os jovens. Reparo que posts com saídas sao muitíssimo menos populares que os lamurientos.

Dito isso, resolvi listar o que rolou aqui que olha pra frente e nao pra trás. Parto das seguintes premissas –

(1) O problema nao é o papel. O papel que se foda, ninguém aqui é papeleiro. TV também vai pro saco, pois nenhum anunciante será idiota ou corrupto para sempre.

(2) O problema é como e onde as pessoas buscam informaçao sobre a vida, e se ainda precisam ou precisarao do nosso filtro.

(3) O outro “probleminha” é como sobreviver fazendo o que aprendemos nas faculdades ou redaçoes. É óbvio que o modelao fabril e getulista virou pó.

(4) Corporaçoes de mídia tradicional já perderam o bonde. Vao demitir, nao contratar. Companhias de trem nao viraram companhias de aviaçao, as de petróleo nao fizeram eletricidade, as gigantes de mídia nao viraram gigantes da web.

O que foi lembrado aqui como saídas.

(1) Autopublicaçao – Significa ser jornalista relevante em algum assunto e ser empresário de si próprio, pessoalmente ou em grupo. Ganhar dinheiro com publicidade ou com leitores, usando recursos dos gigantes Google etc ou inventando jeitos novo de ganhar dinheiro.

(2) Serviços especializados de mídia – Isso é pras corporaçoes. Bloomberg, por exemplo, mantém serviço e informaçao integrados: o assinante tem informaçao sobre finanças e aplica na bolsa, na mesma plataforma. Será que dá certo em outras áreas? Saúde, por exemplo? Energia? Imóveis?

(3) Tornar-se especialista de comunicaçao, nao em jornalismo
Isso arrepia os véios. Significa entender de branding, de publicidade, de web, de redes sociais, de texto, imagem, vídeo etc. Assim, poderia oferecer seus serviços a qualquer empresa, nao só às de mídia, mas também a elas.

De qualquer forma, parece ser de bom tom entender bem de alguma coisa. Conheço jornalistas que, HOJE, recebem propostas e ganham cada vez mais, como jornalistas. Sabe como? Entendem MUITO sobre alguma coisa relevante, muito além do beabá ginasiano que se aprende nas 350 faculdades que formam 10 mil jornalistas por ano. 10 mil operários/ano pra uma indústria que nem existe mais.

Alguém tem mais sugestoes de saídas? [please, se for lamúria, façam outro post. Nada contra, mas… só pra editar]

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