Instituto Maria da Penha cala o assédio verbal em campanha criada pela F.biz

O estudo “Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres no Brasil”, publicado pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), mostra que, a cada dia de 2014, 405 mulheres foram atendidas nas unidades de saúde do País devido à violência física (48,7%), psicológica (23%) e sexual (11,9%). Nas ruas, um dos tipos de agressao mais praticada é a verbal. Para que esse abuso acabe, a F.biz convoca as pessoas a acessarem o site www.caleossedio.com.br e demonstrarem seu apoio à causa defendida pelo Instituto Maria da Penha (IMP), que desde 2009 luta pelos direitos da mulher. No site, além de deixar sua assinatura, os usuários assistem ao case de uma açao que começou em abril – um vídeo em versoes de 30” e 60” que foi exibido nos principais portais de audiência masculina, como GQ, ESPN, UOL Carros e UOL Esportes. Logo nas primeiras cenas, um ator apela para a mesma linguagem usada pelos agressores para fazer com que os homens sintam na pele o que uma mulher sofre quando é assediada. Detalhe – o vídeo é impossível de silenciar, pausar ou pular. A peça termina com uma mensagem de alerta e conscientizaçao: “Esse vídeo nao pula, nao para, nao avança e nem silencia. É como um assédio real que as mulheres sofrem todos os dias nas ruas. Sem poder escapar. Assédio nao é elogio. É violência”. Segundo Conceiçao de Maria, coordenadora de projetos do Instituto Maria da Penha, “muitos homens pensam que esse tipo de abordagem é encarada como um elogio pelas mulheres. Queremos deixar claro que, na verdade, se trata de extrema agressao e desrespeito”.

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