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Jornal Extra publica carta aos leitores que nao viram um estupro no estupro
O jornal Extra publicou hoje uma carta rebatendo as críticas sobre sua cobertura do caso de estupro coletivo no Rio. A publicaçao diz ter sido a 1ª a denunciar a violência sexual sofrida pela jovem de 16 anos, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Afirma também que sua abordagem gerou polêmica entre leitores que nao acreditam que a garota tenha sido vítima de violência – comportamento, aliás, típico de uma sociedade machista, que alimenta as agressoes e contribui para a impunidade. Quando é preciso explicar que um estupro foi estupro, fica muito claro que falhamos, e estamos ainda anos-luz distantes de uma sociedade que respeite plenamente as mulheres. Em resposta a esses leitores, os “que nao viram um estupro no estupro”, o Extra publicou:
“Quando um repórter presencia um assalto na rua, ele nao sai correndo atrás do ladrao para perguntar se ele efetivamente furtou alguém. Nem liga para a autoridade policial para confirmar o que viu. A notícia é o relato da cena que o jornalista presenciou. Podemos fazer um paralelo com este caso. A origem da notícia foi um vídeo no qual uma jovem desacordada é manipulada por homens que abrem suas pernas, filmam sua vagina, seu ânus, zombam do estado da menina, em especial de suas partes íntimas, dizendo que mais de 30 passaram por ali. Como qualquer ato libidinoso cometido contra alguém que, por qualquer motivo, nao pode oferecer resistência é estupro, o EXTRA tratou o estupro como estupro. Portanto, nao foi nem o caso de ‘comprar a versao da vítima’, ou ‘defendê-la’, porque, na primeira vez que o caso foi noticiado, sequer sabíamos quem era a jovem.” Continue lendo aqui.
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