Jornalista americano diz que CIA derrubou aviao de Eduardo Campos – Yahoo

Por Claudio Julio Tognolli, diretor-fundador da Abraji (Associaçao Brasileira de Jornalismo Investigativo) e membro do ICIJ (International Consortium of Investigative Journalism). Professor da ECA-USP, veja materia original em português em https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/biblia-da-conspiracao-jornalista-de-renome-nos-eua-diz-212510646.html

Vela a pena ler a lista de presidentes que, segundo a teoria da conspiraçao planetária de plantao 24 horas por dia, foram assassinados pela CIA, a toda-poderosa agência de inteligência dos EUA. A bíblia desse pessoal costuma ser a obra Confissoes de um Assassino Econômico, do ex-agente da CIA John Perkins. Perkins diz que Omar Torrijos, presidente do Panamá, foi assassinado num acidente aéreo forjado em 1981. Perkins estabelece que a CIA usou o “acidente aéreo” para matar também o ex-presidente do Equador, Jaime Roldós Aguilera, também em 1981.

Até nosso Joao Goulart, morto em dezembro de 1976, entrou na lista dos mortos da CIA. A mais recente papagaiada vem de Wayne Madsen, jornalista norte-americano, que se vende como repórter investigativo, mas gosta mesmo é de emitir opinioes.

Wayne Madsen publicou esta semana em sua coluna no jornal online Strategic Culture Foundation o texto em que denuncia que a morte do candidato a presidente Eduardo Campos (PSB), em acidente de aviao no dia 13 de agosto, seria resultado de uma trama da CIA.

O artigo é intitulado “All Factors Point to CIA Aerially Assassinating Brazilian Presidential Candidate” (“Todos os Fatores indicam que a CIA assassinou por via aérea candidato brasileiro à Presidência”). Madsen estabelece que uma derrota de Dilma Rousseff representaria uma vitória para os planos de Barack Obama de eliminar “presidentes progressistas” da América Latina.

Madsen sustenta que “é preciso considerar que o acidente de Eduardo Campos foi o primeiro com vítimas fatais em cerca de 20 anos da existência do aviao Cessna 560XLS, modelo considerado perfeitamente seguro”. Madsen lança sombras até sobre equipe norte-americana que veio ao Brasil investigar a queda do aviao. Diz que a National Transportation Safety Board é famosa na “excelência em acobertar açoes criminosas”.

Madsen é taxativo: Marina seria ligada a uma corrente chamada Terceira Via, da qual fazem parte Bill Clinton, Tony Blair e Fernando Henrique Cardoso, todos financiados por George Soros para assumir partidos ligados aos trabalhadores. Eduardo Campos também pertenceria ao grupo, mas nao venceria a eleiçao.

Trechos:

Desde a sua introduçao em 1996, o modelo Cessna Citation 560XLS tem desfrutado de um histórico de segurança perfeito. A morte repentina de Campos inverteu a campanha presidencial brasileira de uma forma que pode beneficiar os EUA e a agenda de longo prazo da Agência Central de Inteligência para a América Latina”;

Marina Silva está sendo apontada como Terceira Via do Brasil. Terceira Via é um movimento internacional que tem sido usado por políticos corporativos, muitos deles financiados por Soros, para se infiltrar e assumir historicamente pró-laborem, socialista, e partidos progressistas. Políticos mais notáveis ​​ “terceiras vias” incluem Bill Clinton, Tony Blair, Gerhard Schroeder, da Alemanha, Justin Trudeau, do Canadá, François Hollande, e o francês Manuel Valls, o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi e ex-primeiro-ministro Romeo Prodi, também italiano, mais José Sócrates, de Portugal, Ehud Barak, de Israel e funcionários do Partido Socialista Brasileiro, verdes e social-democratas, incluindo Silva, Neves, o falecido Eduardo Campos, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”;

Os assassinatos aéreos do Secretário-Geral das Naçoes Unidas Dag Hammarskjöld, do presidente de Ruanda, Juvenal Habyarimana, do presidente do Burundi Cyprien Ntaryamira, do primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, do presidente do Paquistao Muhammad Zia Ul-Haq, do quase primeiro-ministro indiano Sanjay Gandhi, do presidente da americana United Auto Workers Walter Reuther, do ex-senador pelo Texas John Tower, e do senador por Minnesota Paul Wellstone, tudo traria as marcas do envolvimento de uma ou mais agências de inteligência dos EUA empenhado em pôr fim à carreiras políticas que ameaçavam os fundamentos da América imperial“.

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