Jornalista é a pior profissao do mundo, nos EUA vale + a pena ser marinheiro (?)

Apesar das demissoes em massa e rumores de fins de publicaçao, veículos de grande porte negam que exista uma crise no jornalismo, embora estudos no Brasil e no mundo nao endossam  a afirmaçao. Nos EUA, uma pesquisa da Bankrate sugere que é mais ‘lucrativo’ investir na formaçao de marinheiro (!) do que pagar uma faculdade de jornalismo, que sai cara e nao dá retorno em bons salários e estabilidade profissional. No Brasil, segundo reportagem da Agência Pública, a situaçao nao é muito melhor – sao jornadas extensas, de 9 a 11 horas diárias, salários baixos e excesso de ‘pejotizaçao’, que precariza o trabalho do jornalista.

A matéria também cita que a falta de descanso do jornalista e que turnos sem intervalos corretos acabam causando estresse, complicaçoes de saúde e, em casos mais graves, aumento do consumo de álcool e ansiolíticos. O ‘complexo de elite’ do jornalista citado por Cynara Menezes recentemente, que ‘no imaginário da populaçao ainda tem algo de heroico’, também gera um choque de realidade que costuma levar à insatisfaçao e frustraçao logo no início da carreira.

Por aqui, fico na torcida que a crise funcione como uma forma do jornalismo se reinventar – como fazer para sobreviver sem o intermediário da notícia? Outras indústrias têm passado pela mesma complicaçao, e o futuro nao necessariamente precisa ser ruim. Iniciativas como o NINJA podem, quem sabe, conseguir algum sucesso em médio prazo.

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