Lembra do tempo qdo a opiniao publica era a opiniao dos donos de jornais?

Revendo todos os temas desenvolvidos ontem pela midia tradicional br nos jornaloes, fica interessante observar como ela interage com informaçoes e opinioes postadas autonomamente por participantes das mídias digitais. O comentário nao é meu, é do Luciano Martins Costa, postado no final do dia no Observario sob o titulo ‘A sociedade se descola’ ;)

E ele anota – “Assim como acontece com as instituiçoess que regulam a vida pública, como o conjunto dos partidos políticos, comissoes do Congresso ou entidades do sistema Judiciário, parece estar em andamento uma diluiçao do poder da imprensa sobre aquilo que se costumava chamar de ‘opiniao pública’…”.

“Os espaços públicos para a comunicaçao se expandem sem limites perceptíveis e os temas dos quais se ocupa a sociedade nao dependem mais apenas dos meios institucionais de informaçao e opiniao” – “A questao da violência urbana, por exemplo, ganha outra dimensao nos relatos e comentários publicados nas redes sociais, onde as pessoas podem entender melhor os sentimentos do jovem atropelado ao rever aqueles que salvaram sua vida (o encontro foi materia na Foha de ontem)”.

Segue o Luciano – “Há sinais de que a sociedade em rede se descola rapidamente da imprensa e demais instituiçoes tradicionais. Por outro lado, pode-se notar como a rotina das instituiçoes passa a ser afetada pela dinâmica do ambiente de relaçoes virtuais criado pela tecnologia digital de comunicaçao”.

“A nomeaçao de deputado pastor Marcos Feliciano para a presidência da Comissao de Direitos Humanos da Câmara provocou uma onda de protestos nas redes sociais. Os jornais de ontem informavam que seu partido, o PSC, vai manter sua indicaçao, mas outros integrantes falavam em abandonar a comissao, para obrigá-lo a renunciar” – “Nao foi certamente um súbito ataque de pruridos morais que provocou a ruptura no corporativismo parlamentar, mas isso parece resultar das pressoes de milhares de indivíduos nos grupos de debates online. Claramente, a agenda pública se transfere do ambiente administrado pela mídia tradicional para o amplo e caótico espaço hipermediado, e nao há como prever até que ponto as informaçoes e opinioes dispersadas pelas redes poderao criar algum padrao que possa ser analisado objetivamente”.

“Na medida em que as redes sociais aumentam sua distância das mídias tradicionais e seu vicioso processo de controle da comunicaçao, é possível que estejamos assistindo à consolidaçao de uma forma muito interessante de democracia midiática” – pontua Luciano.

Materia completa no Observatorio leia aqui.

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