Maior inovador na história da imprensa: como Pulitzer criou a mídia moderna

Por Paulo Nogueira no Diario do Centro do Mundo

Ao longo da história, qual foi o jornalista mais inovador? Uma resposta boa para essa pergunta é Joseph Pulitzer, hungaro de origem, que fez história nos EUA no final do século 19 com seu jornal World.

Foi Pulitzer quem rompeu com a tradiçao de publicar as notícias na ordem cronológica. Ele estabeleceu a hierarquia no noticiário. Estava inventada a manchete – bem como a 1a página. Era um jornalista brilhante, ambicioso, e inevitavelmente acabou tendo seu próprio jornal. Sua lógica como empreendedor no jornalismo era irretocável: “Circulaçao significa anúncio, anúncio significa dinheiro, dinheiro significa independência”.

Essa independência nao era estendida para os jornalistas que trabalhavam para ele. Pulitzer disse a um deles: “Acima de tudo, você é pago para veicular minhas idéias, meus anseios, meu julgamento”. Se aquele funcionário fosse talentoso como ele próprio, Pulitzer lembrou, já teria “seu próprio jornal”. Nunca um barao da imprensa foi tao claro, como Pulitzer, em relaçao a quem manda na redaçao.

Sua visao de jornalismo é ainda hoje perfeita – “Para se tornar influente, um jornal tem que ter convicçoes, tem que algumas vezes corajosamente ir contra a opiniao do público do qual ele depende”, afirmou (…..)

(…..) Seu catálogo de inovaçoes inclui a fundaçao de uma escola de jornalismo na Universidade de Colúmbia, na qual o principal ensinamento deveria ser “ética”, e a criaçao de um prêmio jornalístico que se tornaria o mais importante do mundo, e que hoje conserva vivo o sobrenome do seu mentor.

Nao bastasse tudo, Pulitzer inventou indiretamente ainda o formato dos tablóides. Pouco antes de 1900, ele contratou um jovem jornalista que vinha sacudindo a imprensa inglesa para cuidar de uma única ediçao: a da virada do século. Foi dado ao inglês Alfred Harmsworth poder total nessa ediçao. Ele decidiu reduzir o formato do jornal para algo mais aproximado de um livro. Surgia o tablóide – siga lendo no Diario do Centro do Mundo

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