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Mais do mesmo | Marcas para voltar às aulas, marcas para sair na Avenida
Estava conversando com uma cliente que nos contou, frustrada, que toda vez que tentou inovar no brinde da promoçao de Natal da sua empresa, o resultado foi sempre pior do que quando ela decidiu manter o manjado panetone. As pessoas gostam de repetir padroes e, de certa forma, esperam que as marcas sigam o calendário de varejo com alguma novidade, mas sem fugir muito do convencional. Por isto, entra ano e sai ano, continuamos criando e consumindo mensagens que parecem requentadas. Natal, Volta às Aulas, Carnaval, Páscoa, Dia das Mães e por aí vamos seguindo as velhas fórmulas do varejo.
Neste ano os cadernos e lápis conviveram com os confetes e serpentinas em muitas papelarias, supermercados e nas famosas ruas de comércio popular. Ainda bem que nao vi nenhuma promoçao do tipo compre 5 colas e ganhe um colar havaiano. ;-) Mas confesso que também nao vi nada que me chamasse muito a atençao. Na Volta às Aulas, novas marcas disputam espaço com as tradicionais, mas os materiais e a linguagem sao sempre parecidos. Muito licenciamento, muita variaçao de cor para formatos antigos, muito foco no público infantil. Com o Carnaval nao é muito diferente.
Segundo pesquisa dos canais de comunicaçao, os grandes anunciantes ainda sao as cervejas, uma ou outra marca de banco, uma ou outra marca de TV, um chiclete aqui, um preservativo ali. E seguimos com camarotes, disputa por atraçao de celebridades, empresas de evento disputando para trazer conforto, espaço e alguma experiência divertida. Será que nao existe uma forma diferente de pensar no calendário? Difícil entrar com uma coisa diferente quando todos os seus concorrentes estao mostrando uma fórmula e uma estética já reconhecidas e aprovadas. Tanto a educaçao quanto o samba sao temas tao ricos e tao cheios de oportunidades de construir relacionamentos – será que nao está mais do que na hora de pensar em outras ferramentas de marketing?
Julio França
Mas esse é um dos maiores desafios para quem atende clientes fixos no varejo! A repetição, ao longo dos anos, das datas e campanhas é a regra. Mas é também uma grande oportunidade de sermos realmente criativos e trazermos inovação.
Mas como fazer com que o cliente e o consumidor aceitem as mudanças?
Em pequenos mercados, como o do interior onde atuo, temos um misto de alta resistência à mudanças com uma pequena parcela de pessoas dispostas em fazer o novo.
É ótimo discutirmos isso, Tania.
tania
Apresentar cases executados e tendências de mercados mais maduros costuma ajudar, mas não muito, você tem razão.