Marcelo Coutinho – apresentando o economidia, o novo profissional de midia

A explosao de meios para distribuiçao de conteúdo transformou a atençao das pessoas no recurso mais escasso do mercado de consumo. Ao mesmo tempo, tornou mais complexa a tarefa de analisar como combinamos diferentes informaçoes e seu uso ao longo do dia. Isso obriga a repensarmos o conceito de “grade”, um dos mais importantes do mercado publicitário. Combinando dados do Comitê Gestor com diversas pesquisas feitas por IBOPE, IPSOS e Comscore, é possível falar em mais de 60 milhoes de brasileiros diariamente “fora da grade”.

A questao é preocupante para os anunciantes, já que segundo dados da Nielsen e da Kantar, as campanhas na TV nao estao conseguindo atingir seus públicos-alvo, principalmente quando constituídos pelos grupos mais jovens e mais ricos da populaçao. No caso da campanha de USD 6,3 milhoes do Axe da Unilever, os comerciais na TV atingiram apenas 40% do público alvo estimado. Parte da explicaçao está em um estudo com mais de 300 mil domicílios conduzido por David Poltrack, vice-presidente de audiência da CBS, mostrando que até 84% dos espectadores de TV sao potenciais usuários da “tela mais conveniente“.

O profissional de mídia será obrigado a conviver com novas metodologias (como medidas de audiência que combinam dados de painel sócio-demográfico com dados de servidores), novas métricas, lógica difusa (fuzzy logic) e principalmente uma maior incerteza em relaçao aos resultados finais do plano de mídia. Assim como os economistas e suas previsoes ;)

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