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Médicos brs (suas entidades) atrasados 60 anos na História – Fortaleza é Little Rock?
A partir de 1 comentario do Mauricio Machado
As fotos se parecem muito (acima) – Little Rock, no Arkansas, EUA, na década de 50, nao admitia estudantes negros frequentando as escolas “brancas”. Em Fortaleza, no Ceará, 60 anos depois, brasileiros brancos nao querem medicos cubanos (esse da foto é negro bem preto) e médicas “com cara de empregada doméstica” cuidando da saúde do povo :( Sobre Little Rock na Wikipedia
Alvimar Falcão
Essa é a nova geração de médicos Brasileiros, s Mauricinhos e Patricinhas de jaleco.
Mauricio Machado
Absurdo. Mas faço uma observação: a foto de Elizabeth Eckford, aos 15 anos, perseguida por uma multidão na ‘Little Rock Central High School’, no primeiro dia do ano letivo em 4 de setembro, é de 1957 e não 1953. Foto: Johnny Jenkins, United Press International / Bettmann Corbis.
Luis Caldas
Não vi ninguém reclamando do fato do médico ser negro. Pode ser xenofobia, ignorância ou o que seja. Racismo mesmo tá justamente em quem tenta resumir a questão à cor da pele do cubano.
Fabiano Rocha
Aqui fica uma reflexão:
Os conselhos representativos dos médicos não são contra a vinda de médicos do exterior, inclusive de Cuba, e sim não validação de seus diplomas. explicando, eles querem que os cidadãos que vierem praticar medicina no Brasil comprovem que possam exercer esta profissão no Brasil. Outra coisa, sobre as centenas de cidades que não tem nem um medico, eles lutam para que exista uma carreira no estado, com progressão por mérito, condições reais de trabalho, cito um exemplo, Tem postos de saúde pelo Brasil com infiltrações e consultórios em postos de saúde sem pia, postos de saúde sem banheiros masculino e feminino,sem acessibilidade para deficientes, isto são exemplos do que a Vigilância sanitária exige de consultórios particulares, mas não exige dos locais públicos.
silvio tobias
Nao concordo com a atitude dos medicos cearenses em vaiar os cubanos, independente de sua cor, mas devo dizer que seu comentario (creio ser seu, pois nao fornece outra fonte) “brasileiros brancos nao querem cubanos negros e médicas ‘com cara de empregada doméstica’ cuidando da saúde do povo” e’ muito mais racista que o fato em si.
Julio Hungria
Oi, Silvio, vc nao dve ter acompanhando tudo – as referencias a cor da pele vem desde o artigo da Folha sobre “aviao negreiro”, a referencia a medicas “com cara de empregada domestica” foi de ontem, de uma jornalista do RN, lamentando a vinda dos medicos estrangeiros – com grd repercussao no Twitter :( obg por comentar
Luis Caldas
A comparação com escravos na coluna da Folha se deve à maneira pelas quais os médicos vão receber (ou não) o dinheiro e não à cor da pele. E nem mesmo o comentário preconceituoso no FB (que não merecia ganhar tamanha repercussão) citou o fato dos médicos cubanos serem negros. Ou seja, o racismo tá partindo justamente das pessoas que, em tese, o estão condenando. É mais fácil deslegitimar o outro lado chamando de racista do que debater de uma maneira mais ampla.
Julio Hungria
Oi, Luis – Pegue a comparaçao das fotos nao pelo tom (o grau) da cor da pele do racismo mas pelo lado do preconceito racista, nao apenas xenofobico – em relaçao a cubanos como uma raça que nao faz mal ser desrespeitada, como alguns sulistas em relaçao aos nordestinos (!) como nos anos 50, nos EUA, nao só os negros mas tambem os hispanos. Nada a ver com a coisa tecnica das carências da saude, como se fossem estrangeiros “brancos” a gosto, certo? Desde o “aviao negreiro” da Folha até o asco a medicas “com cara de empregada domestica”. Isso foi o que eu senti. Vc nao precisa sentir igual. Vemos de maneira diferente o que aconteceu.
Em tempo – melhorei a frase (na nota) para desfazer a impressao (errada) que a coisa era com medicos negros bem pretos – como o da foto. Nao era.
Mauricio Machado
Luis Caldas, o que seria debater de maneira ampla, assunto mais do que debatido e explorado? Algo mais a acrescentar? Para o caso do post é claríssima e oportuna a comparação do ‘show’ racista nas duas épocas! Esse é o ponto: eles, os acontecimentos, se equivalem apesar da distância de anos!
Mauricio Machado
Julio, perfeito!