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Midia | Como salvar o modelo de negocios de 1 jornal impresso, opinioes
Jornalismo com bar ou bar com jornalismo?
Se vc leu Teimosos e reacionários? | Preferem fechar a adotar 1 plano ousado p/ salvar o jornal, nota de ontem no site, vai entender algumas reaçoes que Blue Bus colecionou de emails trocados com alguns dos principais pensadores de midia no Brasil
Luciano Martins Costa, que publica textos no Observatorio da Imprensa, observa que “há muitos anos também defendo a desvinculaçao da palavra jornalismo da expressao jornal. Quando criei o curso Gestao de Mídias Digitais, no FGV-PEC, levantei essa questao, que pude discutir com alunos e convidados em muitas ocasioes”. Defende que “a mídia centralizada faz cada vez menos sentido, e atua contra seus próprios interesses. O jornalismo do futuro tem mais a ver com vínculos sociais”.
Nelson de Sá, que assina a coluna Toda Midia, na Folha, duvida que seja esse “o único caminho possível”. Justifica que “sempre tem tecnologia nova aparecendo. O Facebook acaba de completar 10 anos e já está, dizem, em decadência”.
Segue – “Tbém nao sei se um tycoon de tecnologia é a resposta. O Bezos tem contrato bilionário com a CIA e agora manda na pauta do Washington Post. O Omidyar tirou o WikiLeaks do PayPal qdo o governo americano mandou, e a primeira reportagem do site que ele montou para Greenwald e Poitras foi frustrante (A reportagem de Poitras para o NYT no fim de semana, com James Risen, é muito melhor: expoe novo caso de espionagem industrial da NSA, o primeiro foi o Brasil, agora é a Indonésia)”
Continua – “Fazendo exercício de futurologia, creio que o jornalismo vai sobreviver em alguns títulos tradicionais, agora priorizando internet, mas com paywall e native ads; vai sobreviver em sites nativos da web, como HuffPost e BuzzFeed; e vai sobreviver em sites financiados por fundaçoes, como o Publica. E outros caminhos serao abertos, que nao tenho como antever, como nao pude antever o WikiLeaks”.
Fecha – “Tem muita gente nos EUA que acredita que o jornalismo está entrando numa nova era de ouro. Eu concordo e creio até que podemos estar no auge dela. Assange, Greenwald, Poitras: quase sem dinheiro e certamente sem modelo de negócio, só jornalismo, eles fizeram história no jornalismo. Com alguma ajuda do Guardian, do NYT…”.
Marcelo Coutinho, diretor de inteligência do Terra e que habitualmente escreve para o Blue Bus, resume a opiniao – “Antes um café e centro cultural com design do Philip Stark para ajudar no fluxo de caixa do que os algoritmos da Amazon determinando quais as notícias que devem estar na primeira página” ;).
Perguntei tambem ao Bob Wollheim, figura eminente do empreendedorismo digital br. Ele diz que concorda 100% com o projeto de Demorand para o Liberation “ate porque esse tal do jornalismo imparcial, neutro, bla bla bla (q de fato, no fundo, nunca é bem assim) é muito chato”. Reivindica – “Queremos pessoas reais, surtadas e conflitadas escrevendo sobre coisas reais”. E ilustra remetendo a 1 clipe sobre a crise no Tech Crunh – “Como diz a musica… e se for num cafe junto com os jornalistas, ainda melhor!” :)
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