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Mídia Ninja foi entrevistada como ‘parte do movimento’, nao como nv mídia #rodaviva
A aguardada entrevista do Roda Viva com Bruno Torturra e Pablo Capilé, representantes da Mídia Ninja, decepcionou um bocado quem esperava um debate sobre novos formatos de jornalismo ao invés de discussoes acerca de como manter a iniciativa e quais seriam seus supostos rabos-presos.
A parte econômica ficou realmente complicada com a explicaçao do Capilé, que incluiu até mesmo uma ‘moeda própria’ do Fora do Eixo, sistema difícil de contabilizar em números em reais, o que decepcionou os entrevistadores. Por boa parte do programa, a Mídia Ninja foi convidada a ‘prestar contas’, ao invés de contar mais sobre os detalhes da iniciativa. Alguns poucos trechos deram conta da proposta do grupo, dos quais eu destaco a citaçao de que a proposta da Mídia Ninja nao é ‘ser imparcial’, mas sim prover um mosaico de diversas parcialidades, e deixar entao que a audiência avalie o que viu, ao invés de tentar encaminhar o ‘lado certo’ da resposta.
Pessoalmente, acho que o maior apelo da Mídia Ninja nao é ser parcial, mas sim ser transparente – a transmissao em tempo real, os erros, os atropelos, tudo isso deixa a situaçao mais crível para a audiência. Ainda fica, contudo, a pergunta – será que o leitor/espectador QUER mesmo conteúdo bruto, pra entao formar sua própria opiniao, ou já quer ter o esqueleto da análise já meio pronto, feito pelas próprias publicaçoes?
Vale um salve para Alberto Dines, que sendo um dos mais antigos jornalistas presentes na bancada, esteve entre um dos mais lúcidos no debate. Assista acima na íntegra.
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