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Mudou mesmo – Jornais agora precisam falar diretamente com o leitor – Carlos Castilho
Novo texto do professor Carlos Castilho publicado no Observatorio da Imprensa
Na era digital, a relaçao direta com o público passa a ter para os jornais um papel equivalente ao atribuído até agora às bancas e aos jornaleiros. A nova modalidade de relacionamento com o leitor passa também a ter mao dupla, já que o público tem hoje a possibilidade participar do processo de produçao de notícias.
As consequências dessa mudança provocada pela internet motivaram o surgimento da preocupaçao com o que os norte-americanos chamam de engajamento comunitário (community engagement), uma estratégia baseada na interatividade e participaçao, que visa ao estabelecimento de uma nova relaçao com o leitor.
A reduçao da distância entre redaçoes e leitores é vista como um objetivo essencial e inadiável pela maioria dos profissionais que passaram a se preocupar com isso. Só que os mesmos jornalistas admitem que se trata de uma questao muito complexa e que ainda vai exigir muita reflexao e discussao, conforme ficou evidenciado no relatório final de uma reuniao de 10 jornais norte-americanos, realizada em fevereiro deste ano, na Universidade do Texas.
Todos os participantes reconheceram a urgência na redefiniçao das relaçoes com os leitores ao admitir que ela é o principal canal de circulaçao de notícias – já que a internet reduziu drasticamente o papel das bancas de jornais e da venda avulsa, hoje praticamente extinta. Mas salientaram que as incógnitas e incertezas sao quase tao grandes quanto a certeza de que a reaproximaçao com o leitor é indispensável à sobrevivência das empresas jornalísticas na era digital – siga lendo no Observatorio
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