Multiplas telas, multiplos distribuidores de conteudo, multiplas plataformas | Marcelo Coutinho

Agora pela manha no encontro internacional da ICOM (rede de 100 agências independentes de 60 países) aqui em Sao Paulo – vou dividir com o Rafael Davini (IAB/Terra) uma apresentaçao sobre Convergência da Mídia, Big Data e a cadeia de valor da publicidade. Em linhas gerais, aqui vai 1 pequeno resumo da nossa fala.

A explosao no uso de múltiplas telas, a possibilidade de marcas e consumidores produzirem e distribuirem conteúdo, a pressao por resultados financeiros decorrente da globalizaçao e a entrada de novas plataformas de distribuiçao de informaçoes que nao operam como empresas de mídia tradicional – obrigam agências e veículos a repensarem seu modelo de negócios. Basta analisar o desempenho das organizaçoes que estao sofrendo esta pressao de forma mais direta: o faturamento dos impressos nos EUA caiu em mais de 50% nos últimos 6 anos (de U$ 49,2 para U$ 22,5 bilhoes, de acordo com o State of News Media de 2013 ), enquanto a receita das operaçoes digitais dos maiores grupos publicitários americanos passou de 8% do total do faturamento (2007) para 30,3% em 2011, segundo o Advertising Age.

Ao mesmo tempo, 64% dos internautas americanos, 63% dos brasileiros, 53% dos europeus e 50% dos chineses consomem mídia de forma simultânea com frequência, segundo diversas fontes (respectivamente Nielsen EUA, Terra/Ipsos, IAB Europa e Nielsen China). O resultado é que a economia do Broadcast, baseada na capacidade de gerar valor a partir de transmissoes de conteúdos publicitários “presos” em uma grade diária, semanal ou mensal, vai tendo que se adaptar cada vez mais ao que chamo de “Consumercast”, a geraçao de valor com base no alcance, capacidade de interaçao em múltiplas telas e disseminaçao social do conteúdo.

A publicidade enfrenta entao nao somente a necessidade de gerar dados que comprovem e melhorem sua eficiência operacional (‘Smart Data’) mas também o desafio estratégico de se transformar em um “bem informacional”: criar informaçoes e serviços que podem ser digitalizados, editados, visualizados e compartilhados de acordo com o contexto e as necessidades de cada consumidor, contribuindo para otimizar a ‘atençao das pessoas’, o recurso mais escasso da economia digital.

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