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Na #smwsp – Classe C nao pode ser excluída também no mundo digital
Assim que a classe C foi ‘descoberta’ pelas métricas como um segmento que tem, coletivamente, dinheiro para comprar, a publicidade foi levada a investir nesse público. O problema é como isso é feito – até mesmo no digital, usa-se a ideia de que a classe C gosta de populacho, que é altamente comprada por brinde, promoçao, descontos e os produtos tidos como secundários – “Quem gosta de pobreza é intelectual, pobre gosta é de luxo!”, provoca Fábio Mariano, professor da ESPM e mediador em debate de hoje aqui na smwsp, citando frase atribuida a Joaozinho Trinta.
Melhor seria se a publicidade, tanto on como offline, parasse de banalizar os desejos dessa classe C, sem apostar em ‘achismos’ que já vem com preconceito embutido, mas tentando entender quem faz parte dessa classe de consumidores e o que eles querem de verdade – “Por que nao existem livrarias no shopping metrô Itaquera?”, argumenta Leandro Machado, autor do texto ‘De Repente, Classe C‘. Fábio lembra que muito da relaçao da publicidade com esse segmento mais humilde da sociedade ainda vem cheio de preconceitos de ‘Casa Grande e Senzala’. Fica o desafio – fugir da generalizaçao na publicidade, levando em conta mais o perfil de consumo real do público alvo e nao apenas impressoes, que muitas vezes sao pessoais e carregadas de muito preconceito.
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