Nao, nao é propaganda do PT, é uma matéria da Folha – garota da periferia vira blogueira

Autora do blog Casando Sem Grana, 40 mil visitantes únicos e 3,5 milhoes de visualizaçoes por mês declaradasJá fez palestra a convite do Sebrae e vai contar sua história em um dos painéis da Social Media Week, no dia 25, em SP – Da Vassoura ao Like. Superando Dificuldades e se Tornando um Empreendedor Digital.

Sammia Vilela só conseguiu comprar o primeiro computador aos 21 anos. “Foi quando comecei a usar a internet para lazer” – diz. Antes disso, sempre deu um jeitinho de estar conectada: nas lan houses de Brasilândia, distrito da zona noroeste de Sao Paulo ou se logando no intervalo do trabalho em restaurantes e lojas. Na materia de Eliane Trindade hoje na Folha – “O caminho da garota da periferia até a era digital foi de pedra. Sammia se fez incluir no mundo dos computadores, embora a tecnologia fosse a última das prioridades na vida da filha de uma cobradora de ônibus que viria se tornar top blogueira“.

Como as lan houses eram caras, nao queria desperdiçar tempo e dinheiro me divertindo na internet. Queria aprender, pesquisar. Aproveitava cada segundo. Tinha a sensaçao de que se nao fizesse isso, meu futuro ia por água abaixo. Também tinha certeza de que ninguém ia me dar uma oportunidade, de que as portas estavam fechadas. Por isso, me tornei autodidata no mundo digital”.

Na década de 1990, antes do Bolsa Familia, a renda da família era o equivalente a R$ 400. Mae solteira e com dois filhos para sustentar, Sandra Moreira, 51, alongava a jornada de 8 horas diárias para até 14 horas de trabalho. Em época pré-Bolsa Família, só tinha uma certeza: a de que os 2 filhos tinham que ir para a escola e ler muito. “Minha mae me incentivava a ler. Sempre gostei de livros e de tecnologia, mesmo sem ter acesso“, diz Sammia.

Na adolescência, participava de saraus literários e, sem biblioteca no bairro, desenvolveu o hábito da leitura nas livrarias da avenida Paulista. “Lia livros juvenis, de aventura, de poesia. Meus preferidos eram as biografias e os de história” – diz para a Folha. Sammia leu obras como “O Diário de Anne Frank” se fingindo de cliente interessada – siga lendo a reportagem somente para assinantes do jornal

A estudante pobre que só tinha duas roupas conquistou bem mais do que o guarda-roupa recheado. Aos 27 anos, está prestes a pegar o diploma de tecnóloga em Marketing pela Anhembi Morumbi. “A mudança de vida nao foi só minha, mas do Brasil e se deve à facilidade do acesso a universidade dos últimos anos, somado ao meu empenho pessoal”.

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