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NBC dedicou 6,755 horas à cobertura da Olimpíada – sabe quantas para a Paralimpíada?
A Paralimpíada começou no último dia 07 e terminou neste domingo, dia 18, com a mesma indiferença dispensada pela mídia que as pessoas com deficiência já estao acostumadas a conviver no seu dia a dia. Durante a cerimônia de abertura – um espetáculo que merecia, pelo menos, tanto destaque quanto a festa de abertura da Olimpíada –, as grandes redes de TV transmitiam sua programaçao ‘normal’. Se o discurso é de inclusao, a prática mostra o oposto. E enganou-se quem achava que a abertura seria exceçao. Na TV aberta, apenas a TV Brasil dedicou à cobertura dos Jogos Paralímpicos espaço compatível com a grandeza do evento. A propósito, essa indiferença dos grandes meios nao é exclusividade brasileira – segundo o site Mic, este ano a NBC dedicou 6,755 horas à cobertura das Olimpíadas. E para a cobertura das Paralimpíadas, sabe quantas? A promessa foi de 66. E o pior é que esse número já é uma grande evoluçao se comparado à cobertura de 2012, que ganhou da NBC apenas 5,5 horas. Resumindo o cenário, o Mic diz que “os atletas nas Paralimpíadas estao acostumados a enfrentar obstáculos, mas a baixa audiência nao deveria ser um deles”. Ainda mais considerando dados como esse – em 2012, cobrindo a cerimônia de abertura da Paralimpíada, o Channel 4 atingiu 11,2 milhoes de pessoas e conquistou sua maior audiência em 10 anos. Este ano, o Brasil terminou em 8º lugar no quadro de medalhas, com 72 medalhas no total – 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. Depois de Londres, a Paralímpiada do Rio foi o evento com o maior público da história dos Jogos Paralímpicos. Ainda assim, desafiando toda a lógica e o bom senso, um evento que é sucesso incontestável continua sendo sumariamente ignorado pela grande mídia.
The amount of hours of coverage NBC gave the Paralympics? 50. The amount of hours covering the Olympics? 6,755. pic.twitter.com/PbbsbC1yDw
— Mic (@mic) 15 de setembro de 2016
claudio
Acho que não depende só das redes de Tv, e sim os patrocinadores, que não tão nem ai, como se estas pessoas não fossem consumidoras.