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No fantástico mundo do Facebook, ou você concorda com ele agora ou mais tarde
De uns dias pra cá, usuários indianos do Facebook tem recebido a seguinte mensagem quando acessam a rede social, seja através do navegador ou pelo aplicativo: “Você quer que a Índia tenha serviços básicos de internet gratuitos? A missao da Internet.org é oferecer acesso à internet a todas as pessoas do mundo. Mostre seu apoio aos serviços básicos de internet gratuitos na Índia”. O único problema é que você simplesmente nao pode responder ‘Nao’ para a pergunta. As opçoes disponíveis sao ‘Agora nao’ e ‘Sim, estou dentro’. Em outras palavras – ou a Índia aceita a Internet.org agora ou aceita depois. “E qual é o problema?” – você pode perguntar, já que estamos falando em acesso gratuito à internet. Acontece que, como o The Next Web, o Quartz e outros sites explicam, a Internet.org oferece uma experiência extremamente limitada, que basicamente reduz a internet ao próprio Facebook e a conteúdo aprovado por ele. Ou seja – o Facebook quer ter controle sobre o que os indianos acessam, criando uma espécie de ‘jardim cercado’. “Claro que qualquer serviço que a Internet.org ofereça é opcional ao povo da Índia”, esclarece o TNW – “A mensagem aqui nao é que o Facebook está obrigando alguém a usar a Internet.org, mas que a princípio nao permite que a Índia imagine um mundo fora dele”. Muita informaçao e poder estao em jogo, sem dúvida. A matéria do Quartz informa que, de fato, muitos indianos nao estao interessados na Internet.org – o site savetheinternet.in, por exemplo, questiona as intençoes do projeto, afirmando que, em sua atual forma, ele viola os princípios de neutralidade da rede e ameaça a liberdade de expressao, a igualdade de oportunidades, a segurança, a privacidade e a inovaçao. Leia mais aqui e aqui.
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