O atentado do gov ingles contra o jornalismo | Nelson de Sá na Folha

Publicado hoje leia integra aqui

Foram pouco mais de 2 dias, até agora, para a história do jornalismo – o que sobreviver dele. A Scotland Yard, como havia feito com Jean Charles de Menezes, apelou à desculpa do terror para desrespeitar os direitos de um brasileiro, desta vez David Miranda.

Na sequência, o editor-chefe do Guardian, jornal que havia pago a viagem de Miranda entre a Alemanha e o Rio, para o transporte de documentos de interesse jornalístico, revelou que o governo britânico havia mandado destruir computadores do jornal, 1 mês atrás.

Depois do texto, vieram entrevistas à televisao e por fim, no site do Guardian, a imagem dos computadores destruídos. Os EUA correram a dizer que nao fariam tal coisa, distanciando-se do Reino Unido, que passou a ser visto como Estado desrespeitador da democracia.

Como já vinha acontecendo, poucos jornais britânicos se solidarizaram com o concorrente – como este anotou. Mas aos poucos a resposta se espraiou até chegar à noite ao New York Times, do outro lado do Atlântico, e o Guardian achou o suporte de que precisava.

No relato histórico de Alan Rusbridger, o editor do jornal britânico, um trecho tragicômico foi a piada de um dos dois agentes enviados pelo governo, ao confirmar a destruiçao dos equipamentos todos: “Nós podemos chamar de volta dos helicópteros negros”, da ficçao.

Em que pese o significado institucional para o jornalismo, o brasileiro David Miranda se tornou muito mais que símbolo – sua tortura é pessoal. Além das horas de detençao sem direitos, virou alvo da Veja ao Telegraph e à CNN, chamado de “mula de droga” :(

Leia o texto completo na Folha aqui.

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