Tweet |
O importante é competir – futebol, artes, literatura e… marcas | Tania Savaget
Esta frase faz parte da minha infência e, imagino, da nossa cultura. É uma daquelas que a gente ouve do pai, da mae, do professor, do técnico e, muito, de quem ganhou da gente em alguma disputa que, claro, a gente preferia ter ganhado. É uma daquelas que você aprende mais na prática do que na teoria mas, no fundo, quem nao compete nem tem chance de ganhar, né? E é mais fácil você ver a revolta dos perdedores em jogos entre amigos, que nao valem nada, do que entre atletas de alta performance, que fazem da competiçao a sua vida, a sua profissao e, por isso, acostumam-se com o ganhar/perder.
Acho que, mais do que isto, as competiçoes de alto nível têm critérios mais bem definidos e participar delas já é estar em uma “elite”. Apesar de muitos acharem que as competiçoes se restringem ao mundo esportivo – jogos olímpicos, copas etc – elas falam tanto do caráter humano que se espalham em muitos outros universos. Olimpíadas de Matemática, desafios entre cientistas se somam a competiçoes entre artistas. Os primeiros pintores que foram treinados por franceses na época da vinda da Família Real Portuguesa participavam de concursos e só os melhores iam para o Velho Mundo ver de perto as obras originais e as técnicas mais sofisticadas.
Ampliando sua popularidade estao os campeonatos literários, como a Copa de Literatura Brasileira, o Luchalibro peruano que mistura literatura com luta livre e tem participantes mascarados e o Tournament of Books – ToB – inglês que tem, entre seus jurados autores badalados como Nick Hornby, Junot Diaz e cujo prêmio é um galo de verdade (Apesar de estar na 9a ediçao parece que nenhum ganhador quis o galo!).
Finalmente, as marcas. Elas também participam de competiçoes, prêmios e rankings. E, no caso delas, é importante entender e selecionar de quais competiçoes devem participar. Eu sempre recomendo os rankings mais sérios, com critérios bem fundamentados, transparência e propósito. Competir é estar ao lado dos bons e aí, vem outro ditado – diga-me com que andas e te direi quem és :))
Julio Winck
Ótima reflexão. Tem uma mania nacional que não sei se ainda perdura, mas vi várias famílias contratando ótimos professores particulares para dar reforço em casa para algum filho, por exemplo, fraco em matemática, quando o correto seria sempre contratar o melhor professor para reforçar o estudante nas matérias em que ele é melhor para ser cada vez melhor. E um professor razoável e mais barato para as matérias em que o aluno não leva muito jeito e nenhuma chance de ser um grande profissional naquela área.